quarta-feira, 25 de julho de 2007

Dois em um.

O fato é que quando estou rodeada de pessoas me sinto bem, alegre, e quase sempre me embalo pelo instinto. O instinto do bom, o instinto do imediato amor, e encontro o doce do inimigo. Tudo parece agradável, insaciável, e quero me jogar no abismo dos inegualaveis. As vezes me pego rindo de coisas banais, totalmente normais, e integro a sociedade dos infinitos.
Depois de beber, rir, fumar e tragar todo o meu insaciável instinto, volto para meu mundo solitário, e me perco na busca pelo inesgotável, que quase sempre se esgota. Deixando sempre a desejar, me afogo em lágrimas pelo que não pude aguentar. Ninguém ali para assistir ao meu show desconexo, meus pretextos incertos, e o palco já pequeno, acaba por desmoronar, e quem está ao centro? A fraca imagem que tentei demonstrar, a felicidade, imensa falsidade ao qual todos me viram desfrutar. Era eu, aquela que deveria acordar, e perceber tudo que deixei a desejar.