segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Então encha meu copo, de paciência, para suportar esses últimos dias que transbordam rotina, cansaço e descaso. Estou entediada e você me diz como eu sou mais uma entre sua farta lista de possíveis verdades, de menininhas vestidas afim de suportar toda a carga sexual que a sociedade as cometem. Então sou alguma busca incessante pela fatalidade que depositas no próximo. Então me diga em quem jogará todo o álcool que já te deixas bêbado, incapaz de enxergar alguma realidade. E eu sou o étnico do momento em que se exaspira, que já não mais domina. Colocar minhas mãos debaixo da saia já não me satisfaz, mais me alivia de eternas fantasias.

sábado, 24 de novembro de 2007

Sweet boy

Então conte-me sua nostalgia, que te digo suas mentiras e seus segredos mais obscuros, me digas com quem andas e te direis quem és é reciproco, e nada do que parece ser na verdade é! Tudo que você fizera, fora para si próprio, e tudo que me fizera continuara sendo um derivado de ti, somente para si. Sobre seus sonhos, nada suportará seu ar de menino frágil que fizera-me desacreditar em seu crescimento pós adolescencia. A infancia derretida por influencias possuidoras e desencontros constrangedores de personalidades fortes, mais um tanto obscecada por alguma verdade, um desajuste familiar, uma cartada jogada ao mar, nada à me acrescentar seja
de lá ou cá. Você se tornará algo que nunca sonhara ser, uma medalha esquecida na gaveta, um sorriso estampando caras pretas, uma pequena estrela apagada entre as milhares reluzentes em meus olhos já descrentes.
Prazer, apresento à você, VOCÊ!

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

À baixa auto-estima

É impossível pensar que ainda nos dias atuais existam tipos de preconceito, somamos inteligências e tecnologias quando somos tão pequenos e ingenuos quanto aos que nos distorcem e criam falsas imagens de seres somente diferentes. Quando era pequena, costumava zombar de colegas de classe por defeitos quase imperceptíveis ao tempo que nos torna. Eram orelhas e narizes grandes, obesos por falta de opção e até os que apenas levantavam a mão afim de opinarem sobre assuntos curriculares. Hoje vejo que o que fiz, e o que muitos fizeram e fazem é crime. Crime não é só aquele ao qual usam armas e recorrem à agressões físicas. Acredito que muitos traumas se desenvolvem na infância, devido a falta de maturidade ao enxergar o próximo. Feri pessoas por defeitos minúsculos comparados aos meus, zombei de orelhas grandes não percebendo as minhas, pequenas demais para tamanha crucificação. Quando aquele jovem que não me recordo o nome, realizou a chacina em sua universidade, todos saíram as ruas para protestarem os corpos jogados pelo chão. E quanto aquele menino? Que segundo ao convívio, a quietude o comandava, a ausência sempre o aflorava, e a falta de palavras então reinou. É estranho pensar que o choro daquela imensidão, pairava sobre a alma daquele ser, que cruelmente matou e logo após suicidou-se. Os alardes estão a tona, só cegos não conseguem enxergar, a baixa auto-estima de nossas crianças e jovens, e o bulling, deveria sim ser crime com merecimento a cadeia, no mínimo à trabalhos comunitários, que alias é o que faltam no mundo individualista que nos cerca. Educação hoje em dia, é quase um privilégio para poucos, não poucos e bons, mais somente poucos. Queria enfatizar um apelo à educação atual, à qual recorre como base somente temas e matérias didáticas. Vivemos em um mundo, cercados de informações, sejam as mesmas necessárias ou desnecessárias. É simples aprender matemática e português, mas quando o assunto é a matemática do convívio e o português do cotidiano, as aulas dadas e revisadas fogem em nossas mãos. Lutemos por uma educação ilimitada, humanizada, aulas que não repitam somente contextos e equações, mais sim, aulas de auto-conhecimento, conscientização e formação de carater. Lutemos por escolas que não formem apenas futuros jovens empreendedores, mais sim que formem jovens empreendedores de si próprios, jovens donos de seus ideais, mais humanizados e conscientes de si e do próximo. Gritemos pela vida não decorada, e pelas situações inusitadas, as quais a escola ainda não ensina, nem mesmo opina e questiona. O dia-a-dia que é o poema da gente, nos torna enfim seres completamente diferentes, o bate-boca daqui e de lá, é o que nos faz realmente pensar. Pense nisso!

sábado, 17 de novembro de 2007

O anjo mais velho

Queria o saber de tamanha falta de sabedoria, o "porque" de tamanha causa perdida. Entender o porque da anarquia, de tanta agonia, da imensa amargura em que se tornou tudo isso um dia. Dizer-te que te amarei mesmo nunca mais referindo-se a mim como outrora haveria se importado. Queria dizer-te que teu silencio é gritante, é atordoante e faz-me assim te ignorar, vivendo a esperança de um dia poder superar. Não há palavras descritas para dizer-te o quanto estou sentindo, sofrendo essa pausa no soneto tão belo de cantar, que faz pequenas crianças ninar. O dia mente, em minha mente que você voltará um dia à me ligar. Enquanto houver vida, serei grata pela sua imensa sabedoria, que tentando, desiludida, desistiu de tentar me ensinar. Você era o "dia" em minhas noites desvairadas, e minha "realidade" à imaginar. Sentindo-me desorientada, desanimada e embrulhada quando tentando me empanturrar. Obrigada pela madrugada de conversa particular, pelo sorriso que muitas vezes insistiu em me tomar, por fazer-me crescer enquanto buscavas apenas teu próprio crescimento. Obrigada por não dizer a roupa à qual deveria recorrer, a qual maquiagem usaria para poder envelhecer, em tantas cabines de banheiros haveria de me meter, em tantos banheiros você achava-me, suja, caída, procurando algo para ser, tentando apenas uma vida tecer. Só queria dizer-te, que enquanto houver ar, eu irei-te respirar, que enquanto houver poesia que resista à dor, nelas carrego minha essência e sua prudência em apenas me ajudar a "ser" muito mais do que um simples monte de dor, e em me provar naqueles dias amenos o quão eu era importante, mesmo sendo um ser inconstante. O que fora mais marcante, era enxergar nas entrelinhas de seus desajeitados desleixos,recados e percevejos, que aquela louca menina que todos viam, não era somente um fruto de desamor, e sim uma flor contendo espinhos, mais acima de tudo à exímia beleza da natureza ao transparecer sua plenitude e dor.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Aprendendo a malandragem

"Eu sou poeta e não aprendi a amar", frase há qual me encontrei na noite anterior, tentando saber quais minhas expectativas sobre tamanha ousadia, tamanha falta de devoção, tamanha falta de imaginação. Eu recorri a lábios distintos e à lugares aleatórios. Outrora estaria chorando pelos cantos de minha vida, recorrendo à uma imagem deteriorada pela submissão de um "eu" ferido, e um amor ilusório. Então deixei minha bolsa escondida entre dois fortes homens de preto, imaginei meu "bom" sendo roubado! E quer saber? Não me importara muito aquela bolsa cheia de ilusões e auto- flagelações. Nada daquilo realmente pertencera à mim, nem ao menos em outra dimensão meu amor haveria possivelmente efetivado o efeito que tentei proporcionar. Então eu comecei uma nova historia, naquela mesma casa, aquela casa onde haveria me perdido várias madrugadas, agora estará sendo uma madrugada mais calma, mais acolhedora, sem tantas expectativas e falsas tentativas de relíquia. Cheguei exausta em minha casa, e tirei minha rasteira aliviada, um pouco embriagada, com uma incrível já saudade do bom. Fumei um cigarro contemplando o escuro, que daquele momento em diante haveria se tornado tão claro para mim. Me molhei em águas novas de esperança. E pela primeira vez depois de anos, consegui-me ver ao espelho. Limpa, nua e arrebatadoramente feliz, realizada e muito mais cansada.

domingo, 11 de novembro de 2007

Division

Está sendo difícil crescer, está sendo difícil ter de viver sobre um patamar acima do que eu costumava geralmente estar. Isso não está sendo tão fácil quanto pensava. Me privar de loucuras, romper relações existencialistas e imediatistas. E depois de todos os fatos ocorridos, tendo uma overdose, tenho que ouvir em um tom superior que essa avalanche estará servindo para algo. Isso me irrita, me faz chorar, me deixa totalmente revoltada e desorientada nesse mundinho de pensamentos confusos que chamamos de "vida". Essas confusões estão me deixando descrente por dentro, aterrorizada, com uma exímia vontade de rebelião interior. E se um dia eu enlouquecer antes de crescer, não vou me culpar, pois de tudo tentei, e aspirei todo o meu bom até nada mais conseguir. A divisão está sendo tortuosa, mais por eu ser uma pessoa ambiciosa, acho que estarei me dando bem ao final, só espero aguentar chegar lá.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Apenas "ela", nunca "ele".

Ela o beijou, se entregou, ele a beijou e simplesmente a "pegou", então ela se apaixonou, ele somente aguentou, ela ligava encorajada, ele somente atendia com uma voz sempre cansada. Para ela, ele era "único", para ele, ela era mais uma. Quando antes de dormir, ela se pegava pensando nele, e ele, se pegava pensando na próxima a qual iria pegar. Ela se declarou, ele apenas ouviu. Ela disse estar envolvida, e ele, prometeu uma conversa que nunca viria há acontecer. Ela se afastou, mais quando com ele dançou, desmoronou. Ele ao ver a cara dela, abobada, riu, e ela sorriu. Ele apenas ria, e ela, somente o queria. Ele fazia sexo, ela fazia amor, sem ao menos poder sussurrar ao pé do ouvido que amanheceria melhor. Ela enfrentou a mãe, ele apenas a DEIXOU na esquina de sua casa, ela enfrentou a fúria sem nenhuma espada, ele ao menos à procurou para saber de alguma suposta dor. Enfim chorando, ela o deixou, e ele simplesmente se esqueceu, ela se lembrava, e ele à maltratava. Para ela foi o primeiro amor, e para ele, um simples orgasmo que o excitava quando ela gemia de dor.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Amor Platônico

Nós mulheres, vivemos a supersticiosidade de maneira tão real e arrebatadora, buscamos uma inconstante razão de viver, razões algumas vezes não virtuosas o bastante. Nos colocamos em dias de tristeza absoluta e más condutas.
Amores platônicos, primeiramente não se idealizam em quaisquer cobiça sexual, o começo geralmente se da há uma incrível carga de atração espiritual. Esses não passam daquele amor da alma, aquele amor sem muita verdade, e sim, aquele amor com muita paixão, ou ilusão. Brotam-se em dias carentes de realidade, pensamentos ilusórios do que viria possivelmente a ser o outro. Um imaginário, o outro que não conseguimos descobrir, pelas inibições que nos prendem há algo mais, ou há algo menos. O amor platônico não passa de uma busca incessante pelo "belo", ao qual colocamos o individuo cobiçado como um ser extremamente belo, e carente de erros e desleixos. O amor platônico aspira ser perfeito como o nunca. Recrimina o errado, o feio da vida, e se estabiliza na imaginação de um ser supremo, enriquecedor do belo e imortalizado por nunca conter rotina, amargura ou resquício de insatisfação. Acabei descobrindo que ando sempre olhando para o além como algo perfeito, sem nunca ter feito parte dele. Então eu acho que vou morrer se aquele alguém me disser "não", mais prefiro imaginar, porque esse amor é tão ridículo, e esse belo arranca-me lágrimas como uma suposta doce menininha obcecada pelo "perfeito" e "imortal". Dois estados completamente impossíveis de se chegar e irreais ao se imaginar.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Existem pessoas que ficam sempre em nossas vidas, existem pessoas que absolutamente eliminamos de nossas entranhas, e também aquelas que saem sem nenhuma explicação. Existem líderes guerreiros, lideres filosofos, e mesmo os não simpáticos, nada agradáveis nos causam algum impacto. Por sua vez, os segundos mais admiráveis, pois nasceram com o dom de imporem sem as mãos, sem sujarem algum chão. Existem pessoas que impoem respeito através da dor, outras que, apenas conseguem impor tal sentimento por "AMOR". Por alguma razão você está sentada naquele lugar, e em alguns momentos você se pergunta, por qual razão ainda estou aqui, neste lugar? É nesse momento que você começa a se entender, ou apenas a tentar se superar. Existem algumas pessoas que lutam, fazem parte da minuscola cupula da "ingenuidade", são essas as que realmente lutam de verdade, pois veem riscos como simples obstaculos, como os de qualquer equação matematica, e não com olhos de inimigo, de destruição, só querem mostrar porque lutão e quão os valores de tamanha decisão.
"Eu corria para chegar a onde eu estava indo, nunca pesei que isso fosse me levar a algum lugar."