quarta-feira, 21 de novembro de 2007

À baixa auto-estima

É impossível pensar que ainda nos dias atuais existam tipos de preconceito, somamos inteligências e tecnologias quando somos tão pequenos e ingenuos quanto aos que nos distorcem e criam falsas imagens de seres somente diferentes. Quando era pequena, costumava zombar de colegas de classe por defeitos quase imperceptíveis ao tempo que nos torna. Eram orelhas e narizes grandes, obesos por falta de opção e até os que apenas levantavam a mão afim de opinarem sobre assuntos curriculares. Hoje vejo que o que fiz, e o que muitos fizeram e fazem é crime. Crime não é só aquele ao qual usam armas e recorrem à agressões físicas. Acredito que muitos traumas se desenvolvem na infância, devido a falta de maturidade ao enxergar o próximo. Feri pessoas por defeitos minúsculos comparados aos meus, zombei de orelhas grandes não percebendo as minhas, pequenas demais para tamanha crucificação. Quando aquele jovem que não me recordo o nome, realizou a chacina em sua universidade, todos saíram as ruas para protestarem os corpos jogados pelo chão. E quanto aquele menino? Que segundo ao convívio, a quietude o comandava, a ausência sempre o aflorava, e a falta de palavras então reinou. É estranho pensar que o choro daquela imensidão, pairava sobre a alma daquele ser, que cruelmente matou e logo após suicidou-se. Os alardes estão a tona, só cegos não conseguem enxergar, a baixa auto-estima de nossas crianças e jovens, e o bulling, deveria sim ser crime com merecimento a cadeia, no mínimo à trabalhos comunitários, que alias é o que faltam no mundo individualista que nos cerca. Educação hoje em dia, é quase um privilégio para poucos, não poucos e bons, mais somente poucos. Queria enfatizar um apelo à educação atual, à qual recorre como base somente temas e matérias didáticas. Vivemos em um mundo, cercados de informações, sejam as mesmas necessárias ou desnecessárias. É simples aprender matemática e português, mas quando o assunto é a matemática do convívio e o português do cotidiano, as aulas dadas e revisadas fogem em nossas mãos. Lutemos por uma educação ilimitada, humanizada, aulas que não repitam somente contextos e equações, mais sim, aulas de auto-conhecimento, conscientização e formação de carater. Lutemos por escolas que não formem apenas futuros jovens empreendedores, mais sim que formem jovens empreendedores de si próprios, jovens donos de seus ideais, mais humanizados e conscientes de si e do próximo. Gritemos pela vida não decorada, e pelas situações inusitadas, as quais a escola ainda não ensina, nem mesmo opina e questiona. O dia-a-dia que é o poema da gente, nos torna enfim seres completamente diferentes, o bate-boca daqui e de lá, é o que nos faz realmente pensar. Pense nisso!

3 comentários:

Unknown disse...

To pasmaaaaaaa...e orgulhosíssima!
Tudo de muito bom... tudo por aqui!!!
quero mais...sempre!!!

Anônimo disse...

Giii
Parabéns pelos textos!
sao mt bons...
esse ultimo entao foi dez!
ADOROOO
bjooo=*

Lais Mouriê disse...

Muito reflexivo! Seria interessante todos pensarem sobre isso! Adorei!

Bjos