terça-feira, 25 de maio de 2010

Para o Final Feliz

E você era tudo o que me trazia paz e fazia-me sentir única, mas todos esses momentos foram embora com o tempo em que passei sozinha olhando para o em vão. Tudo poderia ter sido melhor, porém nos perdemos. Não é assim como falam, não é como você me falou, a cidade parece tão escura quanto um coração quebrado, e todas as coisas que eu acreditava, somente poderiam ser. Você levou de mim o que eu poderia ser, e todas as memórias estão se apagando, mas tento resgatá-las no fundo daquele poço em que antigamente o chamava de meu. Agora são só restos que não sei se me pertencem. Eu me lembro dos meus quatorze anos enquanto você me levava para passear de carro e trocava-mos beijos amargos no portão de minha casa, como uma flor única e perdida, todo esse tempo pretendido, nada disso teve fundamento, pois hoje não me sinto como a única, nem somente única. E todas as coisas que você queria que eu acreditasse foram se pelo ralo, abaixo de mim, logo abaixo de nós.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Realidade

Quando tudo parece perdido e você não enxerga o final na vasta linha que segue em sua frente. Você pode ficar sentada, levantando suas mãos de pavor e esperando algum colo, mas ninguém estará ali. E você se sente completamente sozinha, não há senso, nem como estar perdida. Nunca ninguém lhe encontrará. É esse o problema de continuar em pé, sozinha. E não há nada que possam dizer, porque ninguém te vê. Eu quero ter fé na vida, mas os lugares bonitos e reconfortantes são tão longe dessa realidade. Nenhuma boa selva para se enroscar, se esconder. As flores não sobem em trepadeiras, não há clareiras. Fique calada sentada e faça seu desejo mais profundo, gritar entre os ramos, para se tornar realidade. E então eu só posso repetir, fique longe de mim. Não há aonde ir, não há nenhum lado para fugir, então faço real aquilo que você odeia para se tornar realidade, a realidade nua e crua.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Paixão, Amor Não!

Ah os equivocados! Esses, pouco pensam e muito falam! Aqueles que acham ser o amor uma simples paixão! Não se engane com “achismos” meu amigo, a vida não corre entre a multidão! Não pense você que amor é frio na barriga, ou quem sabe choro aturdido. Essa e aquela, enfim, qualquer paixão machuca, em sua maioria ela se mostra possessiva, agressiva. É sentimento que toma-nos por inteiro sem deixar espaço para nosso cerne de descobertas solitárias. Não se engane você será sempre só, e essa é a maior frustração que nós, seres humanos, temos de conviver. Quanto a isso, somos impotentes. Aceite esse fato, e tente aprimorar suas conquistas, e não debruçá-las em cima desse outro alguém em que nesse ou naquele momento você esteve. Não se engane a vida continua linda e se revigora a cada novo dia, mesmo sem a presença daquela pessoa que te fez um dia suspirar. Com o tempo, aprendemos que quanto mais o tempo passa, e quanto mais você vive a vida do outro, menos tempo você vive a sua vida. E isso não é amor, e sim, ferida depois difícil de se curar! As pessoas mais amarguradas as quais conheci, são aquelas que passaram suas vidas, abrindo mão de suas tarefas e de seus prazeres para satisfazer os daquele outro. Isso é triste, mesquinho e realidade banalizada hoje em dia! Não sei se amei, se fui amada, mais isso já não importa quando você aprende o quanto significa se amar. Porem sei que amor é construído com o tempo, é baseado em calmaria, em rotina e principalmente em companheirismo. Não é nada aventureiro, quisá forasteiro! Quando você ama, não coloca sua insegurança em fardos alheios, não busca calma em forma de anseio. Vive a cada dia procurando aprimorar a rotina e viver mais um dia dessa linda e abençoada vida!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Doce lar

Eu não me importo com falsa modéstia, tudo isso me deixaria apenas cansada! Já perceberam como os momentos mais especiais duram apenas alguns segundos? E nos preocupamos ainda em dividi-los com alguém que achávamos ser tão ou mais especial do que esses milagrosos momentos. Tudo isso é sempre aquela ânsia de querermos sempre mais, e com isso, acabamos sem nada. Preciso fechar meus olhos e acreditar que ainda terei mais um punhado desses momentos infiéis. Porque faces já não me fazem tão imaculadamente feliz quanto olhar para esse imensurável mar, e olhar sempre à frente. Parada nesse momento, tudo parece migrar, ligo minha amável musica e aprecio o movimento de corpos e bocas sem ao menos me importar, porque o mar consegue me sugar para bem longe, onde a música se dissipa e o labirinto me engole.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Fato! Estou viciada na música da trilha sonora do "Twilight" ...

É tão difícil explicar o que essa música (ou seja: letra+melodia) me faz sentir, ou o que representa para mim. É como estar na praia e não sentir o sol sob minha pele umedecida pela salgada água do mar.
É verdadeiro.
Tenho uma ligação muito forte com música em geral, mas, quando escuto “Flightless Bird, American Mouth” sinto a apaziguadora vontade de rir e chorar ao mesmo tempo. Agradecer por tudo que tenho, e enfim, colocar meu mp no “repeat” e é ela também a minha canção de ninar. Assim mesmo, apaziguadora! Porque estou em uma fase natureba mesmo!




Do album "The Shepherd's Dog", a ótima "Flightless Bird, American Mouth" - Iron and Wine .