domingo, 26 de agosto de 2007

Dança decadente submundo inconsciente.

Intensidade, isso é o que procuro quando ando vivendo vagando, fugindo da realidade. Pelas ruas de meus desejos sólidos, me encontro em um copo introduzindo o liquido afim de me solidificar. Pelos resquícios de sobriedade me encontro em devaneios desvairados, me embalando ao som de tal, ou qualquer que seja o lugar. Eu preciso me cortar, gritar, dançar, surtar ao som de meus poemas recitados por uma voz desconhecida que me amedronta ao desorientada acordar. Me encontro dissipada, esquecida e ilusoriamente remediada em meu mundo, onde vivo há me questionar. Meu coração acelera e a dança se torna mais sincera quando não vejo brilhos em algum olhar, quando vejo olhares verdadeiros mostrando a realidade há nos perturbar. Me diga em que beco irei me achar, daqui há algumas semanas, ou heranças que irei despedaçar. Minhas lágrimas me molham, na tentativa frustrada da sujeira limparem ao dia seguinte em que a tristeza e a culpa irão impiedosamente me julgar. Eu só quero me salvar, ou morrer para salvar os que amo tanto, que nem o tempo irá suportar, a morte não deixaria de aguentar, esse é meu imaginário mundo onde consigo amar. Porque amo escrever quando a tristeza vem me embalar, porque sempre choro ao ver Titanic? Mesmo sabendo que nunca alguém morrerá por outro alguém, congelando qualquer raridade há se confirmar. Eu sou um simples ato do descrente, debochadamente vulgar.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Coragem, a Giovanna covarde

Sempre sentindo uma imensa necessidade de sair da realidade, burlar alguma saudade, eis que me encontro criticando a inevitável normalidade, uma amarga e pura falta de coragem, ouço sempre gritos de dor, que bom se fossem todos apenas gritos de amor. Tentando desesperadamente fugir, daquela normalidade que sempre insiste em tentar de alguma forma me banir, me deletar, algo desconfigurar. E como é difícil não poder gritar, tímpanos estourar, para poder apenas me safar. Eu preciso respirar. Em outras formas materializadas tenho que me encontrar, tento me satisfazer, tento transmutar em outra órbita entrar. Quando me vejo alterada, sinto coragem, ilusória, mais apenas a sinto pulsando dentro de mim, sem ela fico mal, me sinto desprotegida, desfigurada e abafada, e eu preciso explodir, preciso arrancar choros de tristeza, ao menos de felicidade, para sentir a vida, eis que volto para o sentido que sempre me encontro tentando fugir, que tantos arrepios se fazem surgir, realidade, o incrível mal da humanidade.

domingo, 5 de agosto de 2007

Corpo, instrumento da diversão


Dançava com o intuito de despistar maus sentimentos e medos escondidos entre as árvores que me rodeavam. Esbravejava quando tudo terminava porque queria mais do que poderia ter, queria uma metamorfose ambulante ser. O cenário irreal, parecia ser plagiado de algum filme da disney onde sorrisos se misturavam com desalentos e frutos do mal tempo. Surrealismo a parte, tudo parecia uma "BREVE" obra de arte, uma breve satisfação de tudo o que o tempo já começava a dizer não! Meu corpo era instrumento de diversão, provocava sentimentos já em erupção. Tirava meus lindos pés de princesa do chão, afim de buscar alguma auto- destruição para me sentir viva, sempre precisei sentir a dor de alguma ferida. Minha cabeça flutuava, em outra órbita entrava, confusa tentava entender o porque suava, minha garganta sempre calava quando precisava gritar, minha garganta sangrar. O meu corpo religiosamente se entregava aquela localização, e vivia os costumes de uma outra civilização. E enfim, meus neurônios derretiam e só sobraria ali um corpo, um cérebro ausente e nenhuma explicação decente, ao menos convincente.