domingo, 5 de agosto de 2007

Corpo, instrumento da diversão


Dançava com o intuito de despistar maus sentimentos e medos escondidos entre as árvores que me rodeavam. Esbravejava quando tudo terminava porque queria mais do que poderia ter, queria uma metamorfose ambulante ser. O cenário irreal, parecia ser plagiado de algum filme da disney onde sorrisos se misturavam com desalentos e frutos do mal tempo. Surrealismo a parte, tudo parecia uma "BREVE" obra de arte, uma breve satisfação de tudo o que o tempo já começava a dizer não! Meu corpo era instrumento de diversão, provocava sentimentos já em erupção. Tirava meus lindos pés de princesa do chão, afim de buscar alguma auto- destruição para me sentir viva, sempre precisei sentir a dor de alguma ferida. Minha cabeça flutuava, em outra órbita entrava, confusa tentava entender o porque suava, minha garganta sempre calava quando precisava gritar, minha garganta sangrar. O meu corpo religiosamente se entregava aquela localização, e vivia os costumes de uma outra civilização. E enfim, meus neurônios derretiam e só sobraria ali um corpo, um cérebro ausente e nenhuma explicação decente, ao menos convincente.

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