domingo, 30 de setembro de 2007

A música certa para os ouvidos errados.

Enquanto dançávamos, percebera que alguns ali presentes, não compreendiam, e eu não saberia os entender, saberia apenas, que os mesmos não conseguiam ouvir aquela música que já rasgava nossos tímpanos acabados. Aquela meia- luz, me mostrando sempre pela metade. Aqueles poucos sorrisos, aqueles olhos fechados, e ansiosa eu corria para tentar te ver. Levantava minhas mãos e me mexia como se fosse sozinha e inacabada, como se quisesse envolver, a tona algo trazer. Para que a sanidade, se existe o café do dia seguinte? E sempre terá o dia seguinte! É tão difícil conseguir-me amar, até mesmo sem a ressaca. A paciência me esgota, a displicência toda volta, sempre chegando com perguntas tolas, com exímias respostas, apenas salve-me de mim mesma e de tudo que se fasso escapar, de toda minha vida que insisto desprezar. Eu quero explodir de tesão pela vida, quero explodir de paixão pelo amor, quero rir desesperadamente de minha cara de boba há algum fato surpreendente. É difícil! Algum dia quem sabe, saberá que eu estarei aqui para algo há mais gozar.

sábado, 29 de setembro de 2007

Pequena menina

Não se preocupe menino, não há com o que se preocupar, aquela pequena menina chorando sozinha todo dia em busca de um certo amor próprio irá se curar. O medo algum dia há deixará encontrar. Atrás de si, ela encontra sua essência, nada nem ninguém irá para-la, porque ela quer mais do que tem, ela quer mais do que um simples começo, ela quer um glorioso final. A vida anda quadrada, tudo fica pequeno, perto de seu imenso sorriso, aos seus olhos o amanhecer, o dia, nunca é tarde para o começo, não tente há parar. Ela acredita que um dia poderá te salvar, ela não ressente, só presente, que o tempo vai diminuindo-se, e as chances virando- se escassas, mais nunca dirás acabadas. Aquela pequena menina que se sente, amante fielmente da vida, incluindo suas próprias feridas.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

About life

A vida nos faz bem, me faz querer ser alguém, engolindo sapos todos os dias,ainda não sei o porque espero sempre um girino. O fato é que sempre acabou por aguentar, nunca ninguém me disse que eu poderia superar, e essa força vêm de um lugar do qual desconheço, algumas vezes rejeito. Queria ser fraca, para precisar de ajuda, de amparo e de caricias ao fim do dia, ou ao menos no começo, algum doce realejo. Queria gritar toda minha vaidade, expor a minha obscena felicidade e rir de termos banais quase sempre "ANORMAIS". Se me corto, se já grito, nada, nem ninguém ira me impedir de certos riscos. Na escuridão me encontro, me guio e me solidifico, porque ela é mais aconchegante, mais verdadeira, ninguém fazendo unhas e cabelos, só eu e o além, o invisível e o inatingível pesadelo. Quando acabo tentando me levantar, a escuridão cega minha despojada visão, e então eu corro, trombando em tudo e em todos que estejam ao meu redor, porque realmente eles não me importam, só a vontade de estar e ser, a imensa vontade de VIVER.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

La bella vita

É dificil dar sem esperar receber, e as vezes, mesmo cansada eu prefiro acreditar que estou sendo correspondida a altura! As coisas nem sempre estão em seus devidos lugares, mas mais uma vez eu prefiro acreditar que irão voltar para onde deveriam estar! E você procura então uma resposta, tentando justificar o porque de tudo, o porque de acontecer justo todas essas coisas com você! E nas noites de domingo, você se pega chorando. Se sente sozinha e despercebida por todos! Mais afinal não era isso o que você queria? E como é dificil aceitar que toda essa alegria não está a sua procura! Enquanto todos dançam, você se esconde na fumaça que solta, depois de mais um trago insaciavel. Depois de muitas doses, você pensa como é bom estar bebada para não sentir presença alguma, nem mesmo a sua. Tudo é tão intediante e mesmo assim, você prefere acreditar que é uma bela vida! As vezes é melhor viver em uma suposta mentira do que arrombar essa falsa moradia. Mais eu não me importo mais, em ser despercebida, porque isso de uma certa maneira é o que me conforta. E eu só queria poder abusar de todos os privilégios dessa rotina. Porque realmente eu ainda não consegui presenciar uma derrota, com minha capa de invisibilidade! Então, eu escolho mais uma vez acreditar, que um dia irá realmente funcionar a tal capa. Porque isso é o que me sustenta, o que me alimenta e o que me faz permanecer sempre erguida, nessa minha bela vida!

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Ando me perdendo em braços distantes, em lábios amargos, e em noites mal acabadas, acordo sempre de ressaca moral, ainda se fosse só! Quando ando, quase sempre me deparando com a incrivel enxaqueca que insiste em me privar da realidade, do acordar cedo, e de vender alguma imagem. Então, demonstro uma felicidade irreal, e tento burlar a tristeza que me consome, da falta de opção que insiste em ser a grande VERDADE de uma já inexistente relação. Tento me esquecer em copos e mais copos que resultam em um porre, um porre de algum resquicio de interesse nesse inevitavel tédio em que minha vida se tornara. Tento fugir da falta de vontade, e procuro não me questionar ao ver mais uma vez que a noite terminou, e que sim, não estou amparada por ninguém, e fracassei ao tentar-me amparar. Me fecho em meu mundo, onde só algum anestesico suficientemente bom,consegue entrar, a cerca de "PERIGO" consegue ultrapassar. Mais quando você chegou, me puxando entre milhares de pessoas, me convidando para dançar, eu tentei enfrentar, e aceitei a proposta como se algo tivesse há confirmar. Então você me embalou em um ritmo totalmente melancolico, fechei meus olhos, e não sabia mais onde conseguiria parar, só saberia onde não queria chegar. Senti seu perfume, mesmo com aquela imensa multidão, aquela sufocante
aglomeração, insistindo em penetrar em minhas veias nasais enjoadas, e como é ruim eu não ter alergia há você! E como é ruim, beijar outros lábios pensando estar com você! E quando percebo, me vejo totalmente carente com um outro alguém.
Quando minha mente já cansada de tanto pensar, abri meus olhos, e me deparei com
meus labios quase estatelados em seu ombro, a música quase já parando, você me soltou, riu e me flertou. Eu surrealmente abobada, ainda meio lezada, entorpecida fitei-o. Naquele breve "longo" momento, queria sumir, emergir para qualquer outro lugar, mais de nada adiantou, e a única frase que conseguira pronunciar fora:
VOU BUSCAR CERVEJA (Para mais uma vez me anestesiar!)

domingo, 9 de setembro de 2007

PESADELO

Depois de vodka com energetico, de dias diuréticos e de manhas insconstantes e irrelevantes, me perdi, me joguei em uma king size e nela afundei. Dormi, mergulhei em meus pesadelos mais tristonhos, em meus medos mais risonhos e em meu mundo de imensa dor, ninguém conseguiu naquele sonho me salvar da dor. Todos partiram, eu vivi e nunca mais sorri. Acordei suando, pernas transpirantes entre travesseiros ofuscantes, vontade de ir ao banheiro entre realidade e pesadelo, tentando acordar, o sono resistindo em me usar, paraaaaaaaaaaaa! EU QUERO LEVANTAR! QUERO IR! SAIRRR! UFA! FOI SÓ UM PESADELO! De tudo aquilo que não quero, nem espero ser algo verdadeiro!

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Alguém de verdade

Enquanto tentamos viver de verdade, burlar o caminho da saudade, vivemos o fim! Vivemos o amanhecer que buscamos lentamente e os passos que tentavamos pular rapidamente. Gritamos o hino da falsa alegria, brincavamos e acreditavamos em nossas falsas fantasias e nos garantiamos contra há dor,quem poderia nos avisar de algum desamor, quem iria nos dizer que sofreriamos, que chorariamos sem sentir algum amparo, sentiriamos em nossa boca um gosto amargo. Porque nessa grande confusão, acordei desnorteada e não havia ninguém ali para me dar a mão. Me escondi debaixo de meus personagens, das minhas milhares de falsas verdades,e então me fiz valer, me fiz prestar, me fingi de inocente, cai em um buraco de repente. Me senti esperta e ri das falsas atitudes, das falsas gozadas, das vezes presentes entre milhares de ausentes. Me senti usada, mesmo usando também. Me senti inoportuna, porque você me fez querer. Me senti ridicula por saber que no final da noite talvez poderia terminar com você, uma falsa realidade, uma busca incansavel por um querer. Aquele genérico, obsessivo, compulsivo, provador de verdades imaginárias, de indiferença, aquela imensa resistência, ao que eu já saberia que seria alguma forma de provocar a dor. De sentir na veia algum amor. Porque já não choro, não rio, nem me encanto. Porque já acho careta, ja o imagino com uma certeza, de nojo e dor. Eu só iria saber, se realmente houvesse alguma dor. Mais isso ainda é muito pouco para a anestesia que me domou.