domingo, 30 de setembro de 2007

A música certa para os ouvidos errados.

Enquanto dançávamos, percebera que alguns ali presentes, não compreendiam, e eu não saberia os entender, saberia apenas, que os mesmos não conseguiam ouvir aquela música que já rasgava nossos tímpanos acabados. Aquela meia- luz, me mostrando sempre pela metade. Aqueles poucos sorrisos, aqueles olhos fechados, e ansiosa eu corria para tentar te ver. Levantava minhas mãos e me mexia como se fosse sozinha e inacabada, como se quisesse envolver, a tona algo trazer. Para que a sanidade, se existe o café do dia seguinte? E sempre terá o dia seguinte! É tão difícil conseguir-me amar, até mesmo sem a ressaca. A paciência me esgota, a displicência toda volta, sempre chegando com perguntas tolas, com exímias respostas, apenas salve-me de mim mesma e de tudo que se fasso escapar, de toda minha vida que insisto desprezar. Eu quero explodir de tesão pela vida, quero explodir de paixão pelo amor, quero rir desesperadamente de minha cara de boba há algum fato surpreendente. É difícil! Algum dia quem sabe, saberá que eu estarei aqui para algo há mais gozar.

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