sábado, 31 de maio de 2008

Sentimentos enrubescem meus olhos, fazendo assim lágrimas transbordarem pelas janelas da alma. O romance foge pelos meus dedos pois visto estes entrelaçados. Vejo,revejo e desapareço, saio de cena, deixando o palco vazio, a protagonista sumiu! Tentei lembrar, não consegui, qual a fala que esqueci, qual o exato momento ao qual me perdi. A vida passa, ela não para, ela continua, enquanto você boquiaberto usa a imaginária perfeição, são somente artifícios para os mais aflitos chegarem a satisfação. E eu, que aflita comecei, nem com toda a calma do mundo sequer um dia após me deparei, a ansiedade aflorada, cada dia piorava e já não aguentava-me totalmente sã, estava ocupada demais, sempre haveria aquele artificio a mais. Hoje sei que de nada adiantou tentar fugir, minha companheira, a solidão, estava na sarjeta acompanhando-me pela busca da compaixão.

(Encontrei esse texto nos rascunhos não públicados, diz respeito a uma outra época, mais como fez parte da minha vida, acho que merece estar aqui junto aos demais.
Giovanna Assef)

sábado, 17 de maio de 2008

Jovem menina

Aqueles pés sujos e descalços, a cabeça pesada e a náusea arrebatadoramente consumia aquele corpo por inteiro. Tudo havia se acabado então? Aquele jovem corpo, haveria se jogado de um alto precipício, e ao final de mais um dia, aquele era somente mais um daqueles que estariam estatelados ao chão, reza a prece pequeno guardião. Amargurada tu estavas, quando tomastes esta triste decisão. Quando chorou em meu ombro, desiludida, não imaginavas o quão ferida que sua alma estava, a ponto de partida, ao partir dessa vida, deixando a certeza da nobre e sofrida solidão

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Lucidez

Guardei todos meus artificos de alegria, minhas roupas em alguma mala pequena e então voltei ao ponto de partida, aquele ao qual chorei quando o olhei pela última vez, aquele ao qual nunca imaginaria me desvenciliar, fora eu, com a esperança de que tudo aquilo um dia iria passar. E passara, em tantas formas, em tantos rostos vira pontos de interrogação, o porque do ceu ser azul? O porque das melodias soarem tão sintilosas em torno de meu cerne, em torno de minha vida minada pela loucura, à qual a cometo e inebrio. Estou parada e meu estomago revirado clama por algum alimento, não consigo ingerir nada saudavel, pois acostumei-me com a sujeira. Limpe-me da lama que envolve meu rosto, e então te darei o meu corpo, darei minha alma por inteira e o sorriso escasso contido já extinto em meu rosto. Minha loucura só pertence a minha cabeça, e minha saude só depende da força de vontade já inexistente, relaxe, são somente pensamentos ausentes.