domingo, 14 de dezembro de 2008

A Que Conta

Sabe, ainda me surpreendo com as atitudes do ser-humano, como eles conseguem afetar uns aos outros sem sequer terem a noção do mal ou bem que estão acometendo ao próximo. Quando entender o próximo, acredito que então, todo o dilema da vida terá se resolvido. Só sei que quando olho o meu passado, não posso simplesmente dar as costas para ele, só posso dizer que sim, melhorei, me superei e não cometo mais os mesmos erros. E isso já basta para a paz instalar-se em minha alma. A cada novo dia tento ser melhor, tento fazer o que posso e a sinceridade é uma dádiva que graças a Deus paira em meu caminho, de lutas e vitorias, de perdas, e bom, se perdi agradeço da mesma maneira, pois o que perdemos realmente era passageiro, pois o que fica, são as construções instaladas em nossas vidas com alicerce no amor. Então bola para frente que a vida não para e se parar, eu preciso saber que fiz valer a pena.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Desabafo

Sinto-me tão sozinha quanto se realmente estivesse, mentiras para que? Para quem? Já não confio mais em você. Companheirismo? Acho que aprendemos o significado dessa palavra com professores distintos, e a escola da vida, me fez mais verdadeira. Aliás não suporto supostas mentiras, melhor as rasgantes verdades. Porque elas sim fazem doer, sangrar, mais pelo menos, a dor um dia irá passar. Já a omissão, tens te tornado um mal pagão. Fique então com sua vida, com seu prazer, com seu trabalho. Só não se arrependa quando olhar para trás e perceber que estará tudo acabado.

sábado, 22 de novembro de 2008

Com o tempo, aprendemos a responder provocações com o silencio, a amargura com o alento e os maus elementos não deixamos passarem da porta à qual separa a sala dos outros cômodos. Com o tempo, cansamos, tentamos nos expressar e se o entendimento à aquela pessoa não chegar, nós simplesmente nos afastamos, para melhor saber lidar com o retardo do ser humano e suas divergências. Ah as divergências! Fez-me virar uma fonte incessante de paciência, o tempo te torna e o espaço te condena, mais só os bons crescerão então neste emaranhado de dilemas.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Chico Cesár, tá?

Amor PRÓPRIO

Se estar ao seu lado significa estar deprimida, não posso mais com esse amor. Sinceramente, se for para reciclar minha essência, então primeiro a sua. Eu te dou o meu colo, e em troca recebo advertências a todos os momentos, sem tréguas. Mal consigo respirar, e quando suspiro, eis que tentas me censurar. Este mau homem, que não tem prudência a lidar com as palavras, está deixando minha auto-estima descer ruela abaixo, e ela nunca fora muito boa, sempre algo a qual duvidar, entre quedas e tropeços ela segue inerte ao balançar! Todos vivem me elogiando e o máximo que eu recebo é um "Eu também...." do meu "Eu te amo!". Você não percebe que está me magoando? Só não te esqueças que o amor é único, e a pessoa quando madura o suficiente para enxergar que nenhum amor supre o outro, ela escolhera aquele único e imensurável, o amor- próprio, que será o que então a fará levantar, e recolher os destroços que esse amor doentio um dia pois a se esparramar.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Salve Amy!

O término do Começo

Acabei de terminar, o que haveria outrora começado, não sabendo onde iria se findar. Três calmantes, garganta abaixo para o acalanto, e espero escrever até não conseguir mais raciocinar. Foi bom, ou melhor, inesquecível! Naquele primeiro beijo já queria que fosse a última boca a qual eu iria experimentar. Boca macia, língua suave, um entrelaçar de almas por um beijo? Um amor perdido em alguma vida passada, algo para resgatar? ou somente mais um cortejo? Um doce percevejo! Enfim, fato é que por muitas vezes até senti a necessidade de me cortar, me sentia anestesiada e precisava de alguma maneira, mesmo que fosse a mais bruta,de acordar. Por muito tempo andei anestesiada, eram drogas, bebidas, auto-flagelações mais nunca amor. Te agradeço pela anestesia mais excitante, pelo calmante dos calmantes e por fechar os buracos da incredulidade que haviam se brotado em um vasto espaço em meu coração. Agora me sinto livre, destemida de qualquer mal que haja em meu cerne. O calmante já está fazendo efeito, estou mais calma, minha visão ficando embaçada, minha mãe bate em minha porta preocupada. Quem sabe, ela saiba, que um dia irei adormecer e nunca mais acordar, mais quem sabe um dia, pois por enquanto não consigo um fim em minha história colocar. Para todos os acordados deixo um recado, simples, fácil de se interpretar, cuidem bem de suas vidas, andem por caminhos claros, não se sintam atraídos pelo escuro, pois ele é maligno, desconhecido, e lá certamente perderão algo valioso. Amor? Quem sabe até mesmo o amor- próprio. Não deixem mais uma alma se esfacelar, lutem pela realidade não tentando-a burlar, e sim enfrentando-a de cara limpa, o que hoje, em meu estado, já não posso mais considerar.

sábado, 11 de outubro de 2008

Captou a capitalista?

Minha nova casa, veio recheada de dissabores e de pessoas aturdidas e intrometidas o bastante, para ressaltarem defeitos quase imperceptíveis aos meus próprios olhos, e a dissociação de meus provérbios conceitualistas sobre minha própria existência. Não sei cozinhar e isso então quer dizer que não arrumarei um marido decentemente a minha altura e efêmero a minha inteligência? Perai, ela disse mesmo que o erro foi minha família ter me proporcionado uma empregada deis de quando eu estava no útero materno! Essa não, só sou o reflexo do capitalismo, nasci nele, e aprendi a conviver com ele assim mesmo, tendo empregada todos os dias, esquecendo o copo em cima da mesa com Coca-Cola, e hoje, sou viciada em cafeína, porque com toda certeza preciso ter o pique que qualquer sobrevivente desse mundo voraz precisa. O fato é que me torno a cada novo dia mais individualista, e é isso o que o capitalismo faz com as pessoas. Injetam em nossas veias centenas de informações, vivemos em overdose diária, e se não entrarmos nesse processo, somos cuspidos para fora desse mundo, e obrigados a trocarmos nossas confortáveis casas, por viadutos onde o zumbido de carros indo e vindo nos atordoarão a todo momento. Se o fato de não suportar mais conversas desnecessárias, e gastar uma boa grana com sapatos me faz uma menininha classe média-alta estúpida e egocêntrica, prazer, meu nome é Giovanna. Só que quando você for naquela feirinha comprar ingredientes para uma super salada que no caso eu nunca saberia fazer, não se assuste com o aumento de preço exacerbado, pois afinal você não leu os jornais enquanto estava aprendendo a cozinhar para arrumar um marido decente enquanto eu já economizava porque infelizmente a maior potencia mundial hoje em dia, quebrou.

sábado, 4 de outubro de 2008

Uma Salma de Salvem a Atitude Fresno

Ser contemporâneo é ser totalmente retrogrado, sim! A verdade é que o Brasil tem que evoluir. A banda Fresno anda trilhando um caminho ao qual no mínimo sinto muito orgulho. Roqueirinhos do mundo atual assumidos, os rapagões, cultuam nossas raízes de uma maneira adorável e enfurecedora. A última a que vi, fora Evidências com Fresno e Chitãozinho e Xororó, guitarras com sanfona, com bateria e mais violão, uma miscelânea, que confesso, talvez não soou tão agradavelmente em meus ouvidos, mais não é ai onde quero chegar. As pessoas talvez não tenham percebido, uma parede naquele momento se fora para baixo, o novo, admirando o seu antecessor, respeitando o melhor do seu passado e dizendo como na música SIM, a oportunidades e a qualidades perdidas a muito tempo pelo egocentrismo dos novos e a ignorância do público.E agora você, roqueirinho fashion, me diga se ao menos não reconhece que evidências é uma poesia cantada, mesmo sendo só porque a banda-do-momento-tudo-de-bom Fresno andou tocando-a em um show que você acabara de ir?

sábado, 20 de setembro de 2008

Um dia de cada vez

Então estou somente dando um passo de cada vez, e tentando respirar o ar puro de cada novo dia, a cada manha. Estou em uma fase razoavelmente calma comparada com as anteriores, e tudo parece florescer em seu exato momento, aquele momento somente certo. Sinto-me sozinha e tristonha, uma parte de minha euforia, anda viajando, e sentir meu novo cheiro anda sendo agradavelmente bom. Alias, meu novo cheiro está sendo bem acolhedor as minhas narinas, e o ambiente ao qual estou empoleirada no momento ajuda a calmaria a se aconchegar. A roupa de cama lavada e estendida, pronta para ser amassada somente por meu corpo, me ajuda a conviver com essa ausência. E a ansiedade toma conta somente de uma pequena parte da imensa porcentagem que sou. Uma ente querida demais, anda sofrendo de depressão, e hoje ao ouvir sua voz rouca de gripe, senti a necessidade de dizer a ela que tudo irá passar. Na verdade eu sei, como é totalmente difícil acreditar nisso quando estamos naquele momento péssimo, onde sentimentos embargados andam flutuando entre nossas entranhas, mais como sempre, tudo passa. E não é que eu não esteja amando loucamente, ainda sei que a probabilidade de talvez não ser correspondida é grande, mais o amor supera, e qualquer tipo de amor é sempre válido. Eu sei que esse amor ao qual anseio pode nunca vir, e se perder nesse vai e vem que é a vida, mais sei também que outros amores já foram correspondidos a mim, e se renovam a cada dia. E sendo acarinhada, abençoada e exageradamente algumas vezes amada, do jeito que sou, não ser correspondida uma vez, em uma forma de amor dentre as milhares existentes, não irá me fazer voltar para o caminho escuro e desorientado de onde parti, pretendendo nunca mais voltar. E para lá, tenho certeza absoluta, nunca mais voltarei!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Uma menininha

Estou tão cansada e meus pés doem conforme vou andando, mesmo não estando a mercê de saltos. Quando lembro diversas vezes de meu passado, é difícil as lágrimas não rolarem, como não houve respeito, como não houve compaixão, e tudo isso porque? Não consigo explicações adequadas e inadequadas, não consigo sequer uma mal explicação para meus erros. Tenho saudades do tempo em que eu fingia ser gente grande e ser experiente o bastante, achando que assim conquistaria todos, afinal eu nunca entendi o porque de sempre ter de me auto-afirmar, provar algo para alguém, ou para eu mesma! Fato é que dilacerei essa menininha em pedaços a procura de experiências ridiculamente cruéis, que não me acrescentaram em nada, só dores e sofrimento aos que me amam, onde há a reciprocidade. E eu ainda vivo a procura desses pedaços, dessa menininha, que nunca deixou de habitar minha alma. Nunca é uma palavra muito forte, mais peço para alguma força maior, que ainda consiga o perdão dela, dessa menininha que feri, lesei e maltratei por diversas vezes. Agora estou me lembrando de pedir- a desculpas e parar de me culpar, será que isso ainda iria adiantar?

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Enquanto Amy

Enquanto Amy anda drogada por ai, estou movendo-me ao som de sua voz, flertando em suas batidas, convulsionando em cada áspero compasso, movo-me delicadamente, sentindo todo aquele ritmo envolver minha alma e meu corpo. Ele me segue, ele me sufoca, ele me excita, me faz chegar ao êxtase da tal existência, a controvérsia da subsistência. Compulsividade, rapidez, perspicácia , corra e não deixem que te peguem com sua mochila de sonhos, roubada de alheios, talvez eu seja sim, mais uma sem freio. Fato é que enquanto morre mais uma diva, vivo aqui em divida, estou sozinha, ela quem sabe certamente também, usemos o plural, estamos sozinhas, nesse ponto nos igualamos a qualquer outro ser humano. Isso dói, adiante tente camuflar-se entre a multidão, serás somente mais um pequeno grão, continuará sozinho em busca de alguma religião ao qual poderá encontrar-se, em algum beco saudosamente aparentável, subversivo, ou somente amável. Ao final das contas serás somente mais um mendigo a pedir esmolas, sejam elas restos de comida ou mesmo alguma prévia da estimada insuperável sabedoria.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Teenager

Meus pés estão sujos e eu caminho para o além, o além do visível, o além do imaginável, cruzo todas as barreiras do aceitável, meus olhos já cansados doem sob a luz do sol. E o que dirá quando tudo se tornar verdade? As flores ao seu redor estão mortas, e o fervor do sol já acabando, calada sigo andando. Não doe tanto assim quanto a um gilete em sua pele macia. E isso vai melhorar, porque a dor que sinto ainda me sacia e faz meu coração bater mais forte, mais rápido. Do que seriam os espasmos finais sem toda aquela banalidade do começo, então tente, comece e veja se consegue controlar-me. Meu sangue minha cor, minha pele, desamor. Em meus olhos castanhos, acarinhados pelas lágrimas são só resquícios de lápis preto. Pois é, antigamente eu ainda tentava impressionar. Enfim não ligue para meus braços arranhados, eles são somente o rascunho de minha vida.Chorar, gritar? Silêncio, por favor! Facas e isqueiros respeitem um pouco minha imensurável dor

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

SENTIMENTALismo

Quem dirá que a carência cessará? Pois bem, a mesma, e o sentimentalismo demasiado, levam-me a atitudes quase irreconhecíveis a minha personalidade, incompletas e inócuas da realidade que cerca-me e põe-se debaixo de meu nariz empinado. Rastejo por alguém, que mal sei quem, e vivo a procura "daquele" capaz de amar-me. Assim vivo, procurando certos em errados, seguindo, sonhando na diferente realidade.
EM MEU VAZIO JÁ NÃO CABES MAIS Ó SOLIDÃO, FAVOR RETIRAR-SE DE TAMANHA CONFUSÃO! Sinto-me apunhalada pelo meu "próprio", aquele tal de "amor próprio", que perdido está em alguma calçada. E em um mundo, em que todos são de todos e ninguém é de ninguém, sinto a necessidade de ser a alegria de um outro alguém. E nesse imenso, tanto mundo como dilema, digo imenso porque tamanho infindável se põe a minha frente acho eu em vão, ao final das contas, todos pagamos por um pedaço de pão.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Inundada

Estou entediada, e não há entorpecentes nem ruelas onde enfiar-me. Hoje assistindo ao ópio diário, pego-me em uma cena da novela das 9, ao qual a mocinha arrasada, ao tentar pelo seu amado ser consolada, acomete a ele um breve NÃO. Na verdade sinto-me confortável na submersa solidão, nela procuro a busca de minha redenção e encorajo minha então extinta anarquia a contaminar o ambiente, pois sei, que o máximo ao qual ela atingirá são alguns móveis e o saudoso Elvis preso a um pôster cobrindo a porta que me separa do mundano mesquinho ao qual vivo e sustento-me. Então enfim suspendo aquele show ensaiado durante minha vida inteira, e deixo cair a máscara que encobrirá minhas olheiras e minha face abatida e cansada demais para réplicas e possíveis divagações. Sim, ultimamente estou aversa a pessoas, classes proletárias e também todas as mais, para mim desnecessárias.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

A Boca da Noite

A boca da noite me pegara, e agora persegue um ente querido. A obscuridade interna presente em minhas entranhas, inebriou-se para o campo exterior, atingindo assim a pessoa que menos queria eu prejudicar. O escuro da noite é perigoso, peregrino, e perverso ao seu modo encantador. Minha sensibilidade e auto flagelação, elevou-me a etérea potencia, a minha imagem primitiva, refletiu-se então em minha imagem instantânea, em minha miraculosa epifania, eis aqui uma pobre mendiga, pedindo a uma força maior alguma redenção. E quando se trata de genes amplamente ligados, a chance do remetente nunca é tão remota ao ser exposto. Então eu peço, se existe algo além, faça com que a auto- destrutividade dentro dele haja desdém.

sábado, 14 de junho de 2008

Diário da Redenção; part. 1.

Diga-me agora porque meus sonhos não são corretos, porque meus pulsos continuam abertos, e o porque de tudo isso parecer-me tão distante, tão infame. Essa noite quero esquecer meus problemas, viajar na surdina, na absorção, em alguma suave canção. Quero ser zumbi, vampiro da escuridão, extirpar teu sangue com absoluta descrição. Encontro-me na interrogação, e a lágrima brota-se em minha face, uma mágica, amalgama solitária, brilha sobre o final da colina, adorável menina, és tua antipatia, teu jeito de mover-se, de perambular, na tumba já está na hora de entrar. Ela sente falta de fumar, tragar, suas lágrimas já não caem de seu triste olhar, o que está acontecendo, a pequena menina não saberia explicar, de cima via todos chorarem em sua presença, sentia sua incrível ausência mesmo presente estando naquele ambiente, e nada parecia a confortar, ela só queria sua mãe abraçar, seu pai beijar e o choro compulsivo de seu irmão cessar. Ninguém a ouvia, ninguém a queria, e como sempre solitária foi-se deitar, molhando seu travesseiro, soluçando sob o cocheiro e procurando a explicação das infindáveis noites de transpiração que antes não faziam parte do monte que carregava consigo em sua mão

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Zumbivanna

Uma coisa de cada vez, mais sempre tudo ao mesmo tempo. Bem que tento, mais a totalidade é minha particularidade, brota entre minhas entranhas. Quero e exijo tudo para ontem, então, como em um passe de mágica, o hoje escorrega as minhas mãos. Estou entre um colapso nervoso e o sono arrebatadoramente toma conta de meu corpo, a ponto de extenuar minha visão. Perda de reflexos, lentidão dos sentidos, tragando o inimaginável sigo eu compulsiva, descontrolada. Coloco fones de ouvido e enfim mergulho em meu mundo solitário, onde as regras são impostas somente por mim, e ninguém ali consegue penetrar. Ah!, o velho e bom rock´n´roll inebriando as ruelas por onde desfilam enredos, aonde destilam venenos. Fecho meus olhos e sinto-me a um fio da cadência, leve, imoral decência. Corro em busca da incessante anarquia e reluto contra o comodismo, a sombra do preguiçoso que se esguia. Giovanna tornou-se sinônimo de cafeína, cama e banho de água fria.

Nirvana

Depois de muito tempo estou voltando a sobriedade que escapara as minhas mãos, entre tragos e tardes intediantes busco a inteligência fora dos entorpecentes diários que estavam deixando-me euforicamente descontrolada. A bipolaridade bate a minha porta e não entendo como pessoas podem acha-la atraente a ponto de proclamarem-a como a doença dos sábios. Papai sempre ovacionou Van Gogh pela sua arte exímia e impetuosa, além disso eu sempre lembrava-o de que o mesmo comia cocô e então com um ar despretensioso e totalmente debochado, o senhor Assef dizia: Giovanna, minha querida filha, devemos nós absorver a genialidade de suas obras ou o ato infame de ingerir cocô? Perco-me em labirintos suntuosos e extenuantes, procuro respostas em perguntas, isso nunca me levara a nada, e sempre insistindo eu estava. Sinto que é hora de amadurecimento, preciso de ajuda, ajuda interior, porque todas as cartas do baralho já se esgotaram, e todas as amadas pessoas, demais já se importaram. Tenho que assumir esse lado sombrio que meu cerne contém, e não deixa-lo a totalidade. Ó forças do além, ajudem-me a atingir o nirvana sem os artifícios que dentre ele contém.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Amor

O amor pode estar ao teu lado, o amor pode estar trancado em algum armário,
nascemos já procurando o “algo” maior do que os mesmos, crescemos acreditando na fé, e o pecado então se pois sobre a dúvida, do que realmente você és. É como se você corresse em um bosque distante naquele sonho, e nunca nesse sonho poderas somente conter o bosque, e sim algo para achar-se dentro deste. É como se o abstrato tornasse-se diferente. É como se o amor maior transbordasse por dentre as córneas, e esse maior não coubesses adentrar, sufocasse minha alma, e pois-se sem sentido então assim. Deveras algo fazer? Juro, não sei como poderei conter. Não consegues mais censurar-me, o lápis em meus olhos já borrastes, e não cessaste a lágrima fluente, caindo sobre meu rosto ausente, puderas assim viver, somos algo que devemos crer.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Novo quarto, novo escuro.

Não aguento mais minha nova cidade, meu novo bairro e minha nova vidinha de merda. Incrível como damos valor as coisas pequenas, quando a pequenitude nos foge a mão. Estou sentada entre milhares de pessoas e somente agora posso dizer que sim, sou totalmente vulnerável a horários impostos por alheios, e minha paranóia por pés limpos, bem, estou tentando me tratar, nada nunca será fácil de se curar. Então compulsivamente procuro por algum doce pela casa, e gasto meu resto de dinheiro em pretzels para saciar minha insaciável vontade por glicose. Pulo de um ônibus para outro, estou aprendendo rápido o itinerário dos transportes públicos. Idosos sentam-se ao meu lado e gentilmente cedo meu lugar ao mais sábio, um espelho imaginário põe-se em minha frente, e imagino se chegarei aquela idade com paciência para suportar motoristas fraudulentos e estranhos empoleirados a chacoalhar, nesse momento tenho a absoluta certeza de que serei uma velha ranzinza, acabada, e torturada pelos erros que sei, tenho plena consciência que poderia evitar, mais enfim, se dizem que gosto é que nem c*, e cada um tem o seu, gosto de me perfurar. Café, cigarro, dormir, acordar, dormir, fumar, tomar café, meu livro enfim acabei de ler. Tenho que me segurar, pois quando entro em lojas de departamento, pareço um vulcão, e papai não irá gostar nada disso. Enfim, sei que substituo uma coisa, totalmente pela oposta, e procuro óbvias propostas, mais em meu novo quarto, naquele novo escuro que já estara se tornando familiar, repito ofegante, Giovanna tenha calma, pois um dia enfim tudo cessará.

sábado, 31 de maio de 2008

Sentimentos enrubescem meus olhos, fazendo assim lágrimas transbordarem pelas janelas da alma. O romance foge pelos meus dedos pois visto estes entrelaçados. Vejo,revejo e desapareço, saio de cena, deixando o palco vazio, a protagonista sumiu! Tentei lembrar, não consegui, qual a fala que esqueci, qual o exato momento ao qual me perdi. A vida passa, ela não para, ela continua, enquanto você boquiaberto usa a imaginária perfeição, são somente artifícios para os mais aflitos chegarem a satisfação. E eu, que aflita comecei, nem com toda a calma do mundo sequer um dia após me deparei, a ansiedade aflorada, cada dia piorava e já não aguentava-me totalmente sã, estava ocupada demais, sempre haveria aquele artificio a mais. Hoje sei que de nada adiantou tentar fugir, minha companheira, a solidão, estava na sarjeta acompanhando-me pela busca da compaixão.

(Encontrei esse texto nos rascunhos não públicados, diz respeito a uma outra época, mais como fez parte da minha vida, acho que merece estar aqui junto aos demais.
Giovanna Assef)

sábado, 17 de maio de 2008

Jovem menina

Aqueles pés sujos e descalços, a cabeça pesada e a náusea arrebatadoramente consumia aquele corpo por inteiro. Tudo havia se acabado então? Aquele jovem corpo, haveria se jogado de um alto precipício, e ao final de mais um dia, aquele era somente mais um daqueles que estariam estatelados ao chão, reza a prece pequeno guardião. Amargurada tu estavas, quando tomastes esta triste decisão. Quando chorou em meu ombro, desiludida, não imaginavas o quão ferida que sua alma estava, a ponto de partida, ao partir dessa vida, deixando a certeza da nobre e sofrida solidão

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Lucidez

Guardei todos meus artificos de alegria, minhas roupas em alguma mala pequena e então voltei ao ponto de partida, aquele ao qual chorei quando o olhei pela última vez, aquele ao qual nunca imaginaria me desvenciliar, fora eu, com a esperança de que tudo aquilo um dia iria passar. E passara, em tantas formas, em tantos rostos vira pontos de interrogação, o porque do ceu ser azul? O porque das melodias soarem tão sintilosas em torno de meu cerne, em torno de minha vida minada pela loucura, à qual a cometo e inebrio. Estou parada e meu estomago revirado clama por algum alimento, não consigo ingerir nada saudavel, pois acostumei-me com a sujeira. Limpe-me da lama que envolve meu rosto, e então te darei o meu corpo, darei minha alma por inteira e o sorriso escasso contido já extinto em meu rosto. Minha loucura só pertence a minha cabeça, e minha saude só depende da força de vontade já inexistente, relaxe, são somente pensamentos ausentes.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Glicose

Depois daquele dia, eu só conseguia ouvir sua doce voz, e você me dizendo para continuar o que eu já não pensaria mais em parar. Eu nunca pensei que alguém pudesse me impulsionar para o abismo, e eu o seguiria com toda a coragem de uma criança quando como voa para o braço de sua mãe. E enquanto sua voz estiver soando em meus ouvidos eu a seguirei, eu viajarei naquela rouca melodia, fecharei meus olhos, e não verei nada, só sentirei o vento embalar-me, movimentando minhas longas mexas castanhas, e eu serei somente sua então, eu me divertiria com seu corpo embalada por algum blues, eu te possuiria como uma criança chorosa, quando birrenta, gritando
consegue o tão almejado doce, aquele ao qual adoça sua boca, aquele ao qual a doçura
rompe o amargo, ao qual te faz voltar de alguma má viagem do consumo de álcool demasiado. Dê-me a glicose contida em seus lábios, que te dou o ar, que o mundo injusto te faz faltar. A troca é simples, alguma maneira de conseguir te amar.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Na vida

Vivo no limite, com roxos em minha pele branca, pálida, gélida. Na maioria das vezes me perco em alguma nova loucura que invento em fracções de segundos, e em outros segundos à mais, estrago situações calculadamente planejadas e almejadas. Vivo em um submundo, tentando ser entendida, querendo somente ser amada pelo que não consigo ser. Estou em meu leito, sozinha, e o silencio daquele apartamento me atordoa, acumula minha angustia nitidamente contemplada em minha nostalgia, em aquilo que fui um dia, naquela pureza que perdi por alguma esquina onde virei. Enfim me tornei o que sempre quisera, e agora não quero mais, não suporto tudo isso em minhas costas cansadas. Porque ser somente você quando todos estão em busca de ser alguém, é pouco. Mais é nesse pouco que me acho, e é nele que me consolido, que me torno alguém entre milhares de outros. É difícil dizer adeus, mais estou aprendendo a me desvenciliar de tudo, menos de mim mesma. Eu escolhi erros, e agora procuro remedia-los e são por eles que choro. Mais somente assim poderei crescer, e como dói, mais do que aquela cicatriz conseguida naquele momento intrigante de descoberta com uma gilete em um banheiro escuro, onde o choro ecoava algum rancor presente. Pelo menos me senti livre depois do sangue jorrar, mesmo achando o mesmo pouco demais para redenção. Eu vivo pelas madrugadas, virada entre ressacas, quando não, calmantes embalam minhas noites sozinhas, porem ainda estou viva.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Evento Bizarro

Ontem teve review de moda, e evento bizarro do mundinho fashion rio pretense, entre fashionistas e somente aspirantes a alguma colocação no glamurama, estavam Erika Palomino com sua palestra morna. Convenhamos, estávamos esperando muitooooooo mais, afinal Erika, relaxe! O hedonismo sempre estará na moda, e não! Não é tendência e sim extinto! Entre milhares de flashes e rodeado por "macacas de auditório" estava lá, o bombado-politicamente correto-moralista, ex BBB (Cuida) Fernando. É incrível ver como os aspirantes a alguma colocação no mundo das celebrities dão um brilho e furor a um evento onde a proposta inicial seria somente "Vamos falar sobre MODA!" Que alias, a meu ver, fora a pauta menos questionada e comentada. Pseudos "Amauri Jr." circulavam pelo evento com suas maquinas fotográficas, expelindo ar blasé e mostrando algo que realmente não possuem, e nunca possuíram, classe, notas de verdadeiro bom tom faltam na sociedade rio pretense! Mais uma vez, salve Amy Winehouse, minha eterna e verdadeira diva, "Hey little rich girl, existem coisas que o dinheiro não compra e NUNCA poderá pagar, gosto e um olhar clínico para tendências e pessoas promissoras, por exemplo! Enfim, o resumo da ópera se estende a meu ver a Erika Palomino, a loira platinada fora a que menos dera vexame no tal evento, afinal, vamos dar um desconto, ela estava vestida adequadamente, ao contrário de alguns comentários inúteis ao qual meus ouvidos tiveram que escutar, e mesmo não conseguindo uma boa comunicação, com um paradoxo totalmente limitado, ela realmente entende do "negocio", e deu o ar da noite, que by the way, muitos tentaram, mais ninguém conseguirá.

sábado, 22 de março de 2008

enFOrME

É massacrador e atordoante pensar que nos tempos atuais, ainda existem pessoas passando fome e frio. Não precisamos ir longe, enquanto brasileiros se preocupam ferozmente com a causa da fome na África, esquecem-se de olhar em baixo das marquises afrontando seus narizes empinados, e seus discursos politicamente incorretos. Enquanto lá a fome se agrava, aqui é um, entre milhares de casos, e então olho para minhas calças de grande valor e penso, quantas pessoas poderia eu, alimentar? Aquele simples pedaço de jeans, superfaturado por uma etiqueta agrupada em minha cintura, faz-me ser somente mais uma entre a multidão, aquela ao qual recusa-se a ter uma ampla visão da crise e desigualdade mundial que nos cerca. Entre milhares de hotéis luxuosos que frequentamos, olhamos para o café matinal com grande gana, não por menos, são roscas, pudim fresco, pães e geleias de todos os tipos. Ao final de mais uma manha, aquele pudim, que fora tocado somente uma vez, dele retirado somente uma pequena fatia de sua imensa proporção, é jogado ao lixo, sendo terminantemente proibido funcionários se apossarem desse bem "maior", e deliciarem suas crianças, ao fim de mais um dia de expediente. Em minha cabeça imatura paira um pensamento de igualdade, e o porque de tanto alimento jogado fora, e tantos sem se alimentar? Comida? Tem para todos, desperdício, para poucos, e o relapso humano sequer detém milhares de mortes diárias, estampadas em jornais, infelizmente só africanos!

sexta-feira, 21 de março de 2008

Meus olhos reluziam seu corpo nu, de certa forma, estaria eu, procurando algo perdido nele? Minha cabeça relaxada em seu corpo ainda sob efeito dos espasmos finais, acharia eu estar sob solo paterno? Porque realmente, ultimamente tenho sentido falta do leite materno, e da ilusão que encobrira minha vida antigamente. Fato consumado, a carcaça é jogada fora, nunca reutilizada, também, quem ia querer um corpo intoxicado? Uma alma benevolente, entre pensamentos ausentes. Queria poder me prender no sadio, não no sádico, queria poder amar a vida, como amo cercar a morte, queria poder não fumar, mais insisto, nunca me peça para parar! Os meus desleixos, vivo saindo pelo avesso, e chorando pelo passageiro! Mais diga-me?Aguentaria o ruim, se não soubesses que seria algo momentâneo, o ruim é suportável, só quando tem seus dias contados, só quando suportado, nunca serás demorado, pois o corpo não aguentará e a vida cessará!

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Os polos

E você se diz rebelde porque somente consome pó demasiadamente, o problema esta em poder sustenta-lo. Você é um simples produto desenhado de influencias passadas um tanto quanto atuais, vive para coisas do presente, e tenta remediar seu passado com analgésicos caros. Consome brinquedos caros, e suor nenhum obteve para ganha-los. Então eis o porque do subversivo pelo belo, diz-me porque ser somente um amante eterno, se conseguistes mais, se sabes o que à realidade te trás. Por uma essência perdida, voltei ao ponto de partida, e segui a sabedoria dos pobres mortais, rindo de apenas narizes sujos, todos iguais. Enquanto sua busca pela emoção, te és viável as mãos, ela escapa-me, faz me caminhar por lugares obscuros e conhecer pessoas, pessoas derretidas por suas fraquesas, buscando compradores de chuteiras. Ainda sou a mesma, ainda vivo sob a mesma terra, somente um pouco mais justa e sincera.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Acordo de um sono profundo e me perco nas esquinas e ruas da então nova realidade, vislumbro o caminho perfeito, o mais curto, o menos insuportavel à carregar sob minha coluna. Estou entre estranhos, entre bixos e marmanjos, e a responsabilidade, custa bater à porta do apartamento 200. O sono, quase sempre embebeda-me, consome minha mente por inteira, a perfeita valvula de escape, entre tragos, e palavras esmaecidas à um suposto tom "a la Amy Winehouse". A hora corre, e eu vôo afim de chegar em sua frente, sempre! Entre minhas manias, pessoas apressadas, brigando por causas passadas. Então chorei, ninguém limpou minhas lágrimas, a não ser o travesseiro, acolhendo-me sob longas noites e devaneios.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Tomorrow

E eu não acreditaria mais em você, se realmente tivesse tamanha força. Porque sempre caio em “mesmas histórias”, mais eu só queria estar com você, sem me importar com o amanha. Eu saberia que me sentiria um lixo, eu saberia o que iria dizer para me levar até sua cama, e depois estaríamos juntos só mais uma noite, mais uma vez, afinal, sempre fora só mais uma, e eu cairia em prantos pelo que não fui, e sim pelo que tentei ser com você. Você chega, e meu mundo para, minha fala dispara, e pareço então, uma maquina de auto-flagelação, eu queria me sentir menos superior ao “amanha” que padece ao hoje, mais o agora me contagia de uma maneira esperançosa, e quem sabe amanha você me chame para comer, ou mesmo para nada fazer, queria somente poder contar com você.

Submersa

Mergulhe em alto mar, suba a serra sentindo seu tímpano estourar, grite, cante, faça amor, ou quem sabe sexo, querendo facilitar. Beba até cair, depois levante-se com a cara lavada, sinta-se totalmente errada, e não julgue quem te levantou, porque eis que há algum abrigo aonde você for. Chore compulsivamente por medo, medo não destrói, mais sim, constrói. Faz-te arranhar portas fechadas, e destruir mordaças de quietude. Saia da paralisia que te comete, busque novas águas para se banhar, não deixe o frio tomar conta em seu lugar. Respire fundo, sonhe bem alto, inverta a escalada para seu lado, e faça da subida, uma leve descida para alguma madrugada. Deixe que o sangue jorre, e quando ele enfim acabar, sinta-se fraca, mais não o suficiente para não andar. Descubra em amigos, velhas lembranças e atuais respostas de épocas distintas, como cada qual descobre a pluralidade que se envolve dentre seu lar. Sinta a sujeira, mais não deixe-a tapar seu nariz, a ponto de não conseguir algum ar. Cuidado, controvérsias demais poderão um fim te dar.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Encarcerada

"Foi quando minha mãe me disse filha; Você é a ovelha negra da família..."
Eu sempre gostei do errado, ele me dará a sensação de um falso poder sobre as pessoas ao meu redor e sobre mim. Faz com que enfim, eu não me sinta inferior aos demais presentes. Porque sempre eu tento aparecer e me torno cada vez mais invisível, e esse amor dentro de mim explode, inebriando melancolia, será que alguém irá me entender um dia? Será que existe alguém tão choroso como eu conseguira? Ou pela busca incessante pela plena felicidade, será ela existente? Me tornaria uma presa desistente com algemas da vida demente.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Faces

As mais bonitas fotos de minha face, são as que tiro com minhas próprias mãos, e as reações inaladas, são exatamente as mesmas que desejara perde-las em algum porão. Precisaria ingerir tamanha quantidade de liquido, capaz de consumir-me por inteira, até deixar-me no chão, caída sobre aquele barro ao qual evitara encostar. A necessidade de entrar em contato com aquela poça escura, encurralou meu rosto, acolhendo-o junto ao preto. Só necessitara de uma conversa suficientemente boa e duradoura, capaz de embriagar-me de aptidão por alguma discussão, mais nenhum daqueles se ousara, realmente se mostrara, alguma reação. Então, tentei mais uma vez, encontrar verdades no fundo de uma garrafa, e desenhar minha face, a partir de mascaras alheias. Brinquei e desejei que acabassem comigo, deixei, ousei enfrentar aqueles supostamente “bandidos”. Vomitei contrastes de novos amigos, e cai da corda bamba, onde todos ao invés de ajudarem, seguravam o riso. Enfim, colocaram-me deitada, em um moletom encontrei meu abrigo, e naquele desconhecido corpo, meu terrível, inocente e imaginário paraíso.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Não sei bem ao certo quando deixei-me envolver, só sei que, foi inexplicavelmente rápida a inclusão de seus passos em minha caminhada. Queria testar seus conceitos, suas verdades e tinha certeza, que não cairia mais na realidade. Logo de cara, conseguiu envolver meu corpo em uma cilada, e o que seria uma brincadeira para mim, se tornará apenas para você. Penso o que seria de minha idéia errônea sobre sexo sem você? Você mostrou-me a química que não atinge os livros, e a vontade de chorar, quando a felicidade pairava sobre os ares que respirávamos. Quanto a sensação de estar junto com você, faz com que me sinta cada vez mais aflita com a solidão. Era nela que me encontrara, e agora sinto-me perdida. Era ela quem me aliviava e hoje já não mais me exorciza. Quaisquer que fora a duvida, terei que suportar, pois me envolvi com uma interrogação ambulante, com amores inconstantes.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Exalando amores, exaltando dores e criando situações, onde a vida, que roubada, já ferida, seguiu os passos da imaginação. Então prendo-me a outras civilizações, uso quem sabe talvez alguma burca, me cobrindo de tamanha decepção. Será que morrerei com pedradas em plena emancipação? Ou viverei sobre solos de pessoas religiosamente sãs? A conclusão de um incrível sábio seria ser somente algo presente, nada como crescer onipotente de descobertas arrojadas e desenfreadas em épocas errôneas, entre crianças desprivilegiadas de tamanha obstrução, cá estou eu, a semente de um jargüão. Estou sofrendo com sua prisão, e com toda aquela remota decisão de me deixar na mão, a pairar sobre ares, mares. Acharia você, que tropeçaria em pedras preciosas? Em cadeias suntuosas, ou em mares de destruição, sobre cavernas escuras, onde o medo é somente uma falta de imaginação? Estou imergindo nas areias movediças, para dentro do blues, meus lábios secam, e então estou sozinha na tormenta de meus pesadelos e sonhos, no âmago de minha vida, paixão escondida, e relação desenfreada, tiros disparados pela madrugada. Meus ídolos terminaram em meu começo, andaram, consumindo milhares de tropeços. O dia destrói, ilusões alimentadas na calada da noite, a noite amarga, quando estando sozinha, vivendo na desenfreada madrugada. O que seriam as ruas do amor, sem os acidentes mórbidos que a mesma carrega consigo?

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Boa noite cinderela

Para o que ando aprendendo, não existem professores. É difícil dizer "Adeus", quando o que somente queremos, é à quietude em nossos pequenos mundos, em nossos pequenos quartos. Tudo parece rodar, e em instantes irei vomitar mil palavras novas, recitadas obrigatoriamente. Estou aprendendo sobre a vida, não há para onde correr, mesmo que chore durante horas, meus pais não estarão presentes para acalentar-me em seus respectivos ninhos. No final, somente tenho que esquecer fotos de algum álbum perdido em um armário empuerado, e tudo isso doera muito, mais estou aprendendo a não me cortar para sentir-me viva, a não chorar, para alguém me amar, e a rir de coisas somente superficiais. Estou sobre uma cama, a coberta sobreposta sobre meus olhos amedrontados e cansados. Não consigo dormir, e luto contra o sono, que quase nunca dá o ar de sua graça, em minhas noites de clarão, onde a insônia me envolve, minha visão distorce. Então em um passe de mágica, meu eu voa até algum apce, enfim dormindo, acordo suada, clamando por faces conhecidas, em outras galáxias perdidas. Estaria eu precisando de ajuda, ou ajudar-me seria o necessário? O que seriamos nós, loucos, em um mundo de retardados?

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

"E o Rio de Janeiro continua lindo..."

Estou aqui, na terra de Noel, intensamente quente, na terra do enredo da gente. Ouvindo Amy Winehouse, cantarolando baixinho, contra minha vontade, para não acordar os vizinhos. Nada do que me prende, estará aqui, somente a vontade de explodir.
Me entediando, entre shoppings e marquises, sorvete de chocolate e funkeiras popozudas. "E o Rio de Janeiro continua lindo....", mesmo trancada entre quatro paredes, não podendo gritar a música desejada e os cariocas em um modo otimista digamos assim "escrotos". Carência está sendo a palavra mestra dessas férias, cada dia que passa, procuro em outros corpos encontrar-me, e em cada corpo, alguma sujeira que possa supostamente aproveitar. Então fujo de meu mundo encantado, e quebro barreiras um tanto ingênuas, sobre amores e desejos, casos e somente alguns beijos. Vejo casais naturebas, em praias distintas, e almejo algum distante beijo, como sendo de amor, algum grito de clamor. Minhas noites, repletas de comida, minhas manhas, repletas de grãos de areia entranhados em meu corpo molhado pela agua salgada que torna-me amargurada. "Olhaaaaaaa Kibon, sorvete Dragãoooooo." a frase repetitivamente entrando em meus neurônios já derretidos pelo sol ardente em minha cabeça. E então, o que seriam daqueles pés quentes, daqueles gritos de pessoas ausentes, querendo somente garantir algum pão? Seriam jovens piedosamente pedindo um tostão em pleno sinal, onde você, somente abanaria a mão. A resposta? É claro que não!

domingo, 13 de janeiro de 2008

Estaria somente a procura de uma sombra, de algum balde de agua fresca, ou somente de sonhos, enquanto pesadelos me encurralam na linha ténue entre a realidade que já não me embebeda. Ontem empanturrei-me de calmantes, pois o medo me assombrará de maneira medíocre, mais um tanto convincente. A morte faz parte, mais somente os vivos conseguem senti-la passando através de suas espinhas. Contentar-me então em ser somente uma simples e abandonada, chorosa pelos cantos da vida, pelas ruas sem saída, onde a amargura encontra-se. Porque as lágrimas ecoam sobre o silencio em que minha vida padece. E então sinto-me forte o bastante para aguentar a tormenta que consome minhas energias, que limita minhas fantasias. E eu queria poder respirar-te, até minhas narinas sangrarem, correr, correr, correr, até chegar ao penhasco e ultrapassar as alturas, correndo de meus limites, para que os mesmos?

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Pequena menina da incrível vertente

Então pequena menina dos cabelos dourados, sorria para meus olhos cansados e acene com seu breve olhar para algum outro lugar. Abra suas asas, e voe até algum pico, até alguma montanha, suficientemente alta, para a queda, quebrar-te. Pense em coisas boas, e escute músicas que façam-te flutuar, pelo poluído ar. Sorria para a triste vidente, que para ganhar a vida, somente mente. Você me parece um anjo, sorridente, astuto e contudo, com alguma sorte chegará lá, não esqueça, não será fácil suportar, a razão não encontrará, somente rezemos para ela, eis que não se matará.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Tédio, um pouco mais de tédio e uma dose cavalar de carência é o que estou sentindo. Fumo um cigarro, vou ao teatro, volto a realidade e enfim ela me consome, toma meu corpo por inteiro e minha mente, consome minhas energias até o último fio de cabelo. Estou sozinha as margens da loucura e todas as palavras são pequenas ao tentarem traduzir cada segundo de desgosto pelo inevitável. Boys, sometimes a girl just need one. Tá ai uma afirmação um tanto machista, mais correta! Incrível a vontade estampada em minha cara de poder ficar louca com você, tomar sorvete, andar de mãos dadas, ou somente, fazer nada, ao seu lado. A solidão é uma boa companheira, poderia não parecer tão feia e triste, tão amarga e desprezada. Porque a mesma é inevitável, e a vida, não basta ser somente vivida, e sim intensamente aguentada, muitas vezes um tanto pesada.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Como uma criança mimada, eu estava a procura do prazer, queria poder tê-lo e vê-lo em minha frente à qualquer maneira. Não sossegaria enquanto não conseguisse o tão almejado último pedaço de torta. Então meu orgulho se exaspirou em um passe de mágica, acumulei todo meu fôlego, já escasso, fato consumado pelo cigarro de todos os dias, pedi o carregador de celular para a vizinha de porta, e te liguei. Você atendeu com um ar todo despreocupado, talvez desinteressado, e isso com certeza fez-te parecer algum "Deus", ou um objeto muito caro, para uma garotinha miserável como eu.
-Te ligo depois, estou ocupado!
Então tentei controlar meus impulsos agressivos, e aceitei à espera por uma ligação. Sentia-me totalmente tomada pela ansiedade, ela me consumia por inteira em frações de segundos. Coloquei o sem fio ao meu lado, liguei o ar condicionado, afim de congelar todos aqueles pensamentos e deitei naquela cama, que tantas vezes me acolhera. Fiquei a sua espera por algumas horas, e você certamente continuara ocupado demais. Então, de tão desocupada, sem nada, resolvi mais uma vez me contradizer, virar um chicletinho em meu jeito de ser, enfim novamente te liguei.
Estranho seria, não correr para fora do lugar, não tentar te imaginar. Enfim, vivo em um labirinto, arriscado? Talvez! Para mim? Estimulante! Mostro-me de cara limpa, lavada e totalmente desajeitada, afinal, nada aconteceria, se sempre arrumasse tempo para pensar, o labirinto nunca conseguiria desvendar.