quarta-feira, 30 de abril de 2008

Glicose

Depois daquele dia, eu só conseguia ouvir sua doce voz, e você me dizendo para continuar o que eu já não pensaria mais em parar. Eu nunca pensei que alguém pudesse me impulsionar para o abismo, e eu o seguiria com toda a coragem de uma criança quando como voa para o braço de sua mãe. E enquanto sua voz estiver soando em meus ouvidos eu a seguirei, eu viajarei naquela rouca melodia, fecharei meus olhos, e não verei nada, só sentirei o vento embalar-me, movimentando minhas longas mexas castanhas, e eu serei somente sua então, eu me divertiria com seu corpo embalada por algum blues, eu te possuiria como uma criança chorosa, quando birrenta, gritando
consegue o tão almejado doce, aquele ao qual adoça sua boca, aquele ao qual a doçura
rompe o amargo, ao qual te faz voltar de alguma má viagem do consumo de álcool demasiado. Dê-me a glicose contida em seus lábios, que te dou o ar, que o mundo injusto te faz faltar. A troca é simples, alguma maneira de conseguir te amar.

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