terça-feira, 31 de março de 2009

Run Gio, Run

Esquecendo o passado, as imagens vão aos poucos se esmaecendo em minha cabeça. Queria poder tomar a pílula do esquecimento se a mesma fosse real,estou vivendo o presente tão intensamente, sem nem tempo para comer direito, como poderia pensar no futuro. Fato é que deixo o futuro nos frutos que colho agora. Corra, Giovanna, corra, superação em contato com o abismo, nada de distúrbios gastronomicos e então a erva se torna totalmente ilegal para meu processo de aceleramento. Aja fôlego, meu filho!Ô se aja!

sábado, 28 de março de 2009

Entediada

Você está parada, deixando o tédio bater a sua porta, mais não o suporta. Quando te chamam para fazer algo, e você anda louca para fazê-lo, mesmo assim diz não, relutantemente. Então você se concentra e tenta voltar para o foco, tenta fazer tudo de novo, fazer tudo dar certo. Uma escapadela causaria o desabamento da torre feita de Playmobil. Você roe o toco da unha que sobrou, toma muita coca-cola, come o restante de chocolate da geladeira, coloca a pashimina; o all star encontrado bem a sua frente e vai comprar cigarros, toma seu calmante, que male má ainda serve como sonífero. Ai você acha que a dose já não anda fazendo mais efeito.
Aumenta doutor, tem que aumentar! Algumas pessoas andam perambulando demais pela escuridão? Sem sedativos, você resolve pegar a merda do celular e mandar mensagem para aquele ex, totalmente sem noção, que você não vê há séculos. Mais pensa que ele também pode estar à procura de diversão saudável naquela noite! Mais não, ele mete uma desculpinha esfarrapada, quando não desliga o celular e te joga para escanteio. Nauseada você corre para a privada e pensa como não precisava desse fora para dormir tranqüila, mais afinal, você nunca vê como um suposto fora, porque você sabe que o mundo da voltas, e afinal, você só está entediada naquela escuridão, daquela cidade estranha e com vizinhos pouco barulhentos.

quarta-feira, 25 de março de 2009

O P.I.B.; Aquele P.I.B.

Antigamente quando ainda no colegial, tínhamos as aulas intituladas P.I.B., não sei bem do que se tratava a sigla, mais basicamente eram aulas de bordado em toalhinhas de toalete, culinária, e é claro manicura. Éramos jovens, umas tirando a cutícula das outras, e a limpeza da louça era encarregada cada aula a uma distinta aluna.
Então como boas meninas que éramos nos concentrávamos em nossos bordados enquanto os meninos estavam trancafiados em salas de computadores tendo aulas de informática. Ó vida cruel, eles repetiam em uníssono. É incrível como as escolas de hoje em dia não se preocupam com esse tipo de aprendizagem, somatizamos robôs recém-formados e quando encontramos velhos companheiros da época colegial pelas calçadas da vida, nem sempre as notícias são um tanto boas.
Louise era a amiga perfeita de todos, ela era quem tirava as melhores notas, era ela também quem cuidava da moral e dos bons costumes da garotada, e além do mais, lembro-me como se fosse hoje, de um choro escandaloso quando brincando todos resolveram “batizar” o novo All Star da mesma. Vocês sabem, o batismo consistia em todos darem uma leve pisadinha naquele tênis recém comprado do amigo. Enfim, a amiga para nenhuma mãe colocar defeito, e como me lembro de minha mãe diversas vezes se perguntando o porquê de eu não ser amiga de meninas como Louise.
Há alguns dias atrás estava em meu banho de sol, e soube por intermédio de uma amiga em comum que Louise, aquela mesma Louise chorosa e disciplinada fora fazer intercambio para o México ligando assim para sua mãe informando-a de sua suposta gravidez. Fiquei boquiaberta e estatelada ao chão, naquele exato momento me veio à cabeça tudo o que já acontecera em minha vida, incluindo a fase pela qual Louise fizera parte, houve um retrocesso, e bom, o que posso dizer é que me sinto agraciada por coisas assim ainda não terem acontecido comigo.
Fato que a vida é cruel com todos, não exclui ninguém de suas exultantes regalias e seus tórridos baixos, alguns recebem o tal “tapa na cara” logo cedo e são obrigados a amadurecer e a criar suas raízes unimultiplicitárias logo no cerne da inocência. Acredito e falo em alto e bom som que sou apenas uma boa sortuda, que passou e provocou poucas e boas e ainda continua de pé. Penso, que de tantos porres, barbitúricos e bocas macilentas as quais me sujeitei, me safei de muitas enrascadas, e apesar de tudo já ter passado, Louise serve como um bom exemplo para todos nós, inclusive a mim mesma, a etilista revoltada sem causa do papai e mamãe que sempre se denominou auto-invencível e suficientemente forte para tudo e todos. Afinal o mundo anda uma piração geral, e amadurecer sem feias cicatrizes não é mais questão de mérito e sim de privilégio.

domingo, 8 de março de 2009

Mulheres, o Sexo Frágil?

Frágil eu? Imagina! Me peguei pensando nesse incrível dilema, e quanto mais eu tentava parar de pensar, mais eu pensava!
Previsível? Muito! Porque nós mulheres somos tão previsíveis?
Sim, temos milhares de homens aos nossos pés, mais queremos aquele ex namorado, aquele ao qual todas as nossas amigas nos questionaram por vezes, e mesmo assim nunca entenderam o que vimos naquele nariz grande ou naquelas gordurinhas que insistimos apaixonadas e cegas em ser apenas músculos, aquele ao qual nem é tão bonito, e quando colocamos um salto, ficávamos centímetros mais altas, aquele ao qual somos uns 10 anos (sem exageros) mais novas. Fato é que para a sorte dele, daquele ex, ficamos horas a fio pensando no próprio. Levei um fora de um ser digamos assim previsível, e ainda me senti nauseada. Fala sério! Ele já possuía uma "pseudo família" formada e eu ainda achava que seria a princesinha do seu castelo! Hahaha! Lembro-me bem quando ele, um tanto egocêntrico me colocou em frente a um espelho e disse que não era suficientemente boa para todo aquele pouco por uma brincadeira universitária de uma amiga que colocará lápis preto em demasia em meus olhos!
Realmente, estava cega pelo pretume que caia com a agua a qual enxaguei meus olhos, tão cega que não vi sua insignificância, tão vasta quanto sua fortuna especulada sempre por terceiros, muitos! Ó mundinho deturpado dai-me forças!