segunda-feira, 29 de outubro de 2007

De Carolinas a Giovanna

Em tantas Carolinas, econtro Giovanna, seu sorriso esconde inocencia, seus olhos escondem medos e inseguranças. Sua insegurança surreal a faz ter medo de escuro, do escuro que há mostra nua,então, ela fica em seu quarto filosofando pondo-se a pensar no martirio de não ser, na existencia, e na dor de não ter plena noção do que "querer". Ela quer gritar para Chico, para Seu Jorge, porque não Giovanna ao invés de "Carolina"? Sabe que não tem nome de doce, nem seus sonhos parecem bastante tentadores, mais pelo menos tenta voar, e nas duvidas, procura se achar, sentindo onde enfim podera chegar. Se Chico escutasse seus devaneios, sua mente bitolada em busca de respostas, ele certamente escreveria que Giovanna és uma menina sonhadora, muito tentadora, só sabe cantarolar suas músicas por ai, sem querer alguma forma de hormonio persuadir. Suas rosas possuem espinhos, e sua janela ultimamente anda trancada, pois força-se a perder o incrivel medo de escuro. E ai de quem disser que ela não o perderá um dia, porque Giovanna não sente-se há vontade de mostrar-se nua, seu corpo semi-maduro, sua mente semi-aberta. E ela sente-se imensamente triste nas longas noites em que a insonia a pega e desmorona seus sonhos tão bonitos de um mundo feliz, de sua sensibilidade não mais a perturbar. Em versos de Chico ela tenta se encontrar, fazer seus proprios versos a torna essa romantica sonhadora descrente da felicidade completa e da amargura que carrega ao tentar-se expor entre paredes coloridas, entre gotas de sangue jorradas por algum estranho prazer, mostrar-se vulneravel a dor exterior faz há pensar que estará crescendo. Pelo menos em seu pequeno quarto, onde Giovanna guarda todos seus sonhos, suas angustias, seus medos e tristezas que somente consigo mesma ela carrega em busca de algo além de uma simples resposta. Você encontrará Giovanna por ai, gritando para algum espelho, que conseguira chegar há algum lugar. Ela se perguntará: where i´m goin? i don't know !but, i'll be alright!

domingo, 28 de outubro de 2007

Antologia de Carolina por Giovanna.

Lá fora mais uma festa acabou, Carolina, e o que fará agora que não terá mais que com o alcool lidar, com pessoas terá de falar, a sanidade há te calar. A dor desse imenso mundo tens sempre que lidar, porque temes que um dia Carolina adormecerá. Tentei lembrar para Carolina que o mundo não era um espasmo final, um abismo profundo se pois nos olhos de Carolina, em seus dias tristes Carolina canta susurrando uma música funebre, um som atordoante. A vida passa e carolina não olha pela janela, só diz que a vida não é mais bela, e nada disseste para conforta-la, de nada adiantara reanimala pois já não soubeste que Carolina desistindo da vida sorriu.
Como a vida voa e não há sentimos, como os dias cantantes se tornam tão silenciosos e não percebemos o momento exato em que a música parou de tocar e o silencio tomou conta por inteiro de nossas almas já empodrecidas por algum ópio social ou interno. A morte nos parece distante, e quase ligeiramente colocamos os pés sobre o abismo para há sentirmos perto.Como queremos senti-la. Eu me pergunto porque estou em meu quarto fumando um cigarro de cabeça para baixo, tragando minha morte lentamente e pensando como há temo. Como penso em não morrer se algumas vezes tento me matar. Isso me intriga! Porque a dor me excita, porque o amor as vezes causa tanta dor? E eu pela primeira vez, sinto-me vazia de esperanças e de crenças suficientemente boas para a explicação dessa vida jogada em minhas bocas e sugada com um folego. Porque pela primeira vez, também consigo odiar minha existencia, minha insuficiencia e minha falta de compaixão comigo mesma em termos tão superficiais. Porque sou uma irritante interrogação entre a explicação da morte e da saudade, do odio e da bondade. Isso me enoja, isso me faz querer gritar, sangrar e correr compulsivamente até o ar faltar, até minha garganta secar. Nada parece suprir minha vontade do além, mais que o além, mais que o suficiente já se torna unipotente, e eu me reencarno até suportar as interrogações que minha existencia irão sempre alguma duvida ocasionar.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

A modernete e o Tradicional

A modernete e o tradicional;
Assim como a noite e o dia;
Ela segue desregrada e ele sempre muito certinho;
Ela sem horários e ele sem eventualidades;
A fumante e o geração-saúde;
O café e o leite;
A mariazinha rock´n´roll e o mocinho intelectual da bossa nova;
Ela hiperativa, ele sempre muito quieto;
Cantoria no chuveiro e ele, o silencio no almoço;
A briguenta, marrenta;
O calmo, o senhor conversa séria;
A senhora infantilidade;
O incrível dono da verdade;
Ela segue o pentelhando;
E ele, somente há suportando;
Ela grita, ele apenas fala;
Ela quer sempre mais;
Enquanto ele vive apenas com o "de menos";
Ela lê Nietzsche, ele o jornal;
No café da manha;
Ela se encontra em seu sempre mal humor matinal;
E ele apenas, querendo ser mais um cara legal.

A CHUVA

Dias chuvosos deixam-me deprimida, passam-me a impressão do mundo injusto em que vivemos e muitas vezes usamos vendas de ignorância e sublimação afim de taparmos nossos olhos contra imagens aterrorizantes e raios de realidade contra nossa imensa vivacidade e perspectiva. O castelinho de areia construído por Giovanna, uma Giovanna esperançosa, empreendedora, se desmorona com o imenso aguaceiro que cai de um céu em fúria, escurecido e bravo. Gritante com seus raios e trovoes assustadores, que afastam as pessoas do convívio social e intimidam-as. Então antigamente poderia ficar da janela de meu quarto vendo as inacabaveis águas caírem pela calha, trancada em meu quarto, curtindo a fossa há qual haveria me envolvido naquele momento, usualmente auto-destrutiva. Comeria compulsivamente, choraria compulsivamente e cantaria músicas altas no escuro, também compulsivamente, fumaria
milhares de cigarros para aliviar a ansiedade do tedioso e rotineiro "every day",
choraria se o dia terminasse ainda chuvoso, esperançosa ao acordar, quem sabe me deparasse com todas as ruas secas, com todas as valas não mais encharcadas pelas lágrimas de Deus, e o dia claro, porque afinal a noite já haveria passado. Céu escuro me dá ânsia, náusea e um surreal desespero, me traz há péssima impressão de que o mundo irá desabar em minha cabeça. De alguma maneira existe uma Giovanna dentro de mim que se indentifica com toda essa tristeza, uma Giovanna deprimida, que controi, mais ainda não aprendera a se preparar para a chuva que desmorona sempre seu castelinho de areia. Aquela que se surpreende ao ver que depois da chuva, não
para sequer para contemplar algum suposto arco-íris, e sim, vai correndo tudo de novo construir, mesmo sabendo que o castelinho de novo um dia ira cair.

domingo, 21 de outubro de 2007

BIPOLARIDADE

TRANSTORNO BIPOLAR: distúrbio bipolar,caracterizado pela variação extrema do humor entre uma fase de euforia e inibição. A bipolaridade pode vir a se manifestar nos dois pólos da doença: depressão e mania.
Tenho desejos que assustam, sabores que apavoram, sinto-me bem com a dor e o drama ao qual coloco em minha vida através da escrita demasiada e desabafada do meu ser. Tenho gostos exoticos, vivo a vida de mentira, a vida de meus sonhos, de meus pensamentos obscuros e sigilosos. Danço euforicamente, bebo compulsivamente e vivo fumando, tragando alguma paixão. No momento vivo uma louca obsessão, quero conquistar o inatingivel, quero ver o impossivel se render aos meus encantos, e na primeira viagem, onde estara de bobeira, grudarei em seu pescoço, sugando toda sua perspectiva de autoridade, de um breve minuto de realidade. Quero o prazer de viajar, de alguma fantasia gozar, de alguma fantasia vestir. Me sinto viva nas imensas confusões. Amores platonicos me fazem gemer, gritar alguma esperança de um dia encontrar algum ser loucamente desleixado, sem a prudencia do que um dia irá ser. O ego que transborda, que declina há algum ser supremo, que reaje, que agride há alguma possivel inibição, se fecha na redoma de um pequeno porão. Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter opiniões formadas, nunca questionadas sobre tudo. Quero rostos pasmados ao som de gemidos verdadeiramente escancarados. Quero alguém que transcenda essa incrivel prudencia da sociedade banalizada pelas atitudes manjadas e abafadas por futilidades comandadas por algum amargurado ser. Regidas por robos manipulados por mãos que nunca chegaram a realmente algo ter.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Estava frenética, em um lugar superlotado, e implorava para perder a sanidade. Então entrei em seu carro, e antes fiz-o jurar que não tentaria me beijar. Com algumas meias palavras, disse ao segurança que resolveria um assunto pendente com mais um menino, em mais uma noite. Então ao olhar para minha cara, disse: SEJA BREVE! RESOLVA TUDO O QUE ESTIVER PENDENTE E VOLTE! Certamente ele pensara que fosse uma vagabunda qualquer, afim de discutir uma relação pavorosa e desgastada. Então entramos no carro, tudo já estava pronto, simples assim? Simmmmm! Conversamos, demos voltas e no auge de minha loucura, você tentou-me levar para algum mal caminho. E eu só disse o que já haveria dito, NÃO CHEGUE PERTO DE MIM! Malditos canalhas que se aproveitam da loucura alheia, malditos sejam esses que tendem a abusar das fraquezas alheias, pois não conseguem o que desejam sem a ausência da sanidade. Mais comigo NÃO! Diversas vezes pedi para voltar, para o carro parar, e quando enfim cansado e desiludido você parou, eu corri, entrei dentro daquela imensa aglomeração procurando algum rosto familiar, nada achei então fui direto para o álcool, afinal ele era o único que continuara meu intimo naquele ambiente. Ele era o único ao qual poderia e posso abusar, e eu o amo. Declarações há parte, via monstros em meu lado, e não seres normais, via rostos vidrados em mim, então sai correndo, tombando em todos ao meu redor. Não queria suportar a loucura que havia procurado, que havia conseguido. Eu tenho em minhas veias pulsando uma Giovanna sadomasoquista, uma Giovanna sádica, uma Giovanna desfigurada, encrencada. Então tive de aguentar, apreciei meus monstros sozinha, dançando como os demais robôs ali presentes, musicas inerentes. E é incrível perceber como sobrevivi, como estive comigo em todos os momentos repetindo:TAKE IT EASY! Fico feliz de estar sendo assim, sinto-me renovada e pronta para algum novo que certamente surgirá! Afinal quando nos renovamos damos chances para algum novo louco nos olhar, sempre com a porta aberta gritemos juntos ENTRARRRRRR!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Louise anda sentindo uma tristeza arrebatadora, anda chorando pelos cantos, e pelo contrário do que muitos pensam não tenta escapar dessa amargura que há corroe todos os dias, principalmente as noites, sente-a e respeita-a. Simplesmente deixa as lágrimas rolarem por debaixo das dividas, das milhares de faltas que comete consigo mesma. E as lagrimas somente param quando o cansaço há alivia, quando o corpo já exausto, clama por cigarros e um calmante. Enfim ela se rende ao sono que comove, que conforta. Aquele que traz alguma paz, aquele ao qual ela espera ansiosamente durante todas as horas de seu pequeno grande dia. Não sabes porque chora, nem porque sua paciencia se esgotara surrealmente em frações de segundos, a nicotina tem se tornado sua endorfina, e nada há satisfaz além dela, há não ser grandes porres, pequenas horas de alegria ilusória, de satisfações pessoais e de comoção ao se olhar em algum espelho fixado em algum banheiro onde estranhas retocam suas maquiagens afim de não deixarem suas mascaras cairem. Ela se sente presa há uma pequena menina que não consegue deixar para trás, como ela se parece com sua mãe aos 30 tendo 18! Ela corre corre, mais no final das contas, perde as contas de quantas vezes passou pelo mesmo beco, quantas vezes esbarrou nas mesmas pessoas e sua falta de atenção não há deixou ver. Ela vive há se perguntar porque tudo é tão complicado em seu pequeno circulo, em seu pequeno quarto acorrentado, onde estranhos não são bem vindos. E ela vaga sozinha em ruas escoras, assombrada por seus medos, pensando pelo menos estar conseguindo os superar. Deseje sorte a Louise, pois ela anda confusa. Deseje-a sorte pois creio que ela lhes deseja o mesmo. Deseje-a sorte pelo simples fato de você, leitor, ser um bicho bizarro, um ser humano complicado, ou uma simples alma que se entende inferior, isso não há importa, ela só pede que todos algum dia consigam superar alguma dor.

domingo, 14 de outubro de 2007

Eu sei o que preciso saber quando alguém me beija, e foi-se o tempo em que eu queria em bocas de veludo me encontrar. Se deixei cair lágrimas quando fizemos amor, é porque não sei qual o atalho que pegarei para resistir a essa dor. Querido, você me deixa em êxtase total, me faz querer respirar, quando me toca, me enlouquece, junto comigo adormece. Seu amor é venenoso, vai paralisando meus músculos aos poucos, e só quando entram em contato com os seus é que de novo sinto-os vivo. Então somos nós dois, mergulhamos, caimos de cabeça em águas geladas de uma ducha qualquer, em um lugar qualquer. Somos parceiros no crime, no amor, na dor selvagem que precisamos sentir para viver-mos. Garrafas de whisky entre milhares de cigarros apagados ao chão já não nos sustentam, resistimos aos alimentos, porque cremos que somos os mesmos. Você me enlouquece, me vira de cabeça para baixo, e faz-me ver a vida em outros ângulos, até que eu consiga achar o perfeito e cabivel há nós dois. Porque só nós dois somos cabiveis as nossas loucuras, consideramos um ao outro uma incrível fissura.

sábado, 13 de outubro de 2007

You know I´m no good

Estou em um momento totalmente "anti-romantismo" e tudo o que escrevi aqui nesses últimos posts me parecem totalmente ridículos, mais se escrever é minha única forma de jogar tudo o que sinto para fora e dar descargaaaaa, just writing! Você sabe que eu não estou bem, e assim como a "Amy casa de vinho" eu digo isso, eu grito pela demência de certos indivíduos auto-suficientes, que Não! Não sou assim tão auto-suficiente! Que preciso de ajuda para curar meu "eu" estrangulado ao chão por passinhos de salto agulha de uma Giovanna invejosa que há dentro de mim. E eu te disse que não teria problema se um dia me deixasse a ver navios, mas hoje, vejo problemas sim, porque você me fez ver como uma pessoa existe e não como somente "eu existo", confesso como era egoísta, mais se quer saber, ainda sou! E estou lutando pelo meu bom, ao contrário de você que o esgota de maneira trágica. Porque eu bebo tudo que tenho direito, seja whisky, ou todo o universo ao meu redor, e não cuspo meus direitos para fora, os engulo com ganancia. Os quero com determinação! Auto-destrutiva? Talvez sim! Religiosamente certa de meus atos suicidas e impulsivos? Talvez não! Mais se não fossem impulsivos, não seriam tão libidinosos, tão exaladamente gostosos, tão excitantes como realmente se tornam, a partir do momento que a palavra proibido soa! Sou um ser abominável, porque sou uncensored? Prazer, sou a abominavel Giovanna! Não sigo regras, e crio as mesmas! Não me censuro por ser totalmente o oposto de certas pessoas, de certos hábitos, e de um modelo saudável da juventude atual, porque soaria um tanto fake ser o que os outros querem, e acham ser o certo. E algo fake me deixa enojada, assim como me sinto em relação há VOCÊ!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Porque quero-te

Quero-te por querer, para quando chegar em casa, ter algum motivo, alguém para qual me arrumar, me vestir, me dobrar afim de me mostrar. Quero-te para meu tempo passar, para minhas horas voarem e o tédio assim, não matar-me, não enlouquecer-me. Quero-te para domar-te, para saciar-te, porque há vida já não mais sacio, essa enorme vontade de explodir, esse imenso amor próprio que se esconde atrás de ti, que não irá calar-se, nem ao menos se assumir. Quero todas horas, dias para mim, que sejam inacabáveis ao tenta-los medir ou correr até cansar, algo absoluto, que não consegue-se parar. Quero-te porque imagino-o como algo transcendental que transmuta de um lugar para outro com perfeita ignorância, com a agressividade de uma ingénua criança. Quero-te porque nunca nada há mim fora negado, quanto mais um pequeno bastardo.

sábado, 6 de outubro de 2007

Meus sentimentos estão embrulhados, se igualam ao nivel de meu estomago fudido de tanto alcool ingerido na noite passada. Estou sentindo uma imensa necessidade de vomitar e uma incrivel tontura ao tentar levantar. E eu não sei como gosto de me expor as situações ridiculas as quais me submeto, eu não ando conseguindo levantar minha cabeça ao pensar em minha vida, e isso vêm me colocando em um nível abaixo do que eu esperava estar. Minha imensa saudade do "antes" me faz chorar desesperadamente, procurar por algum porto seguro que não encontro mais dentro de mim, nem em minhas atitudes, hoje desconnexas. Não consigo ser amada, justamente porque não consigo amar-me. Não ando despertando miseros sentimentos, porque estou em falta com os mesmos. Queria poder me desligar de tudo o que anda me prendendo, de tudo o que vêm se tornando o sentido, de tudo isso, que venho ultimamente dividindo e explodindo. Me desespero ao olhar para trás, o que estou fazendo, anda colocando-me em maus lençois, e não sou desse jeito. Não costumo agir dessa maneira, propor sempre as mesmas besteiras. Não sei onde mais conseguirei errar, onde tento outra vez acertar, ou o que propor, ou possivelmente amargar......... TO BE CONTINUED.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Sugiro que se suje.

Dentro de mim carrego um mundo sujo, um mundo avesso ao estado considerado, um mundo onde choros são banais, vistos de um angulo sugestivamente agradavel. Não saberia dizer como consegui e consigo colocar tantas coisas sujas dentro de mim, quantas coisas podres ainda uso e abuso. E como o "sujo" e o "ruim" prevalescem dentro de mim. Quando tentando escapar deles, me perco no tedioso dia-a-dia que me persegue, que me adormece. Aquele sujo me atrai, esse sujo me sustenta, ele traz me prazer, traz me tesão pela vida, e pelas osciladas que sinto quando a sinto. E como eu preciso senti-la, e como eu tento toca-la e em alguma outra face perdida a achala. Creio que todos nós temos dentro de nossas entranhas um fascinio pelo sujo, pelo proibido, pelo ilegal e por algo a mais que nos faça sair da realidade. São anestesias fundamentais para nosso cotidiano angustiante e irrelevante. Descrever-me como uma pessoa normal, não me faz acreditar na normalidade da existencia, na facilidade, e no abuso da irreverencia. Eu quero transcender, ver almas florescer, ver picos de loucura e saborear frutas maduras. Tenho certeza, de tantas sujeiras que persegui, introduzi, inalei e abusei, a plena consciencia da sorte por poder dizer "sobrevivi", ao invés disso, apenas digo "NÃO MORRI".

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Estou segurando o choro, aquele do qual não sei o porque, aquele ao qual não saberei o que estará querendo dizer. Me sinto assustada, preciso conseguir-me dar conta, e eu ainda mal sei quem sou, queria poder fingir que não cresci, e quando é mais fácil fazer algum sangue jorrar, venho com toda paciência desabafar neste. Aquele que reflete, mas como as vezes eu tenho vontade de não ver o reflexo, porque consigo-o odiar com toda minha força. Porque tentar ser forte machuca, e algumas vezes é bom sentir-se fraca, é necessário um carinho, um silencio a dois, um amor quem sabe depois. Algo surrealmente ruim está sugando todas minhas energias e isso está sim me incomodando, me tirando o sono. Sublimar, já não mais adianta, isso está me expirando por inteira, me deixa pronta ao surto que já abomino. Senhor ao qual o nome não revelarei, me sinta dentro de você e a onda que posso chegar a causar e ai sim me diga o que irá achar, e não se faça apenas de desentendido ao chegar. Isso faz-me doer, faz-me sangrar, e eu não quero mais me machucar.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Falsa modéstia

Noticiários estampam alguma indignação, pessoas vivem em uma tentativa de
fazerem valer, mais nada do que as alimenta as contem, se esconder entre fakes e acasos não faz o genero de verdadeiros entediados, não faz a linha de nobres injuriados. Uma falsa e superficial caricatura não faz-me gozar de outra, apenas uma cara limpa, em completo arrojo me faz crer em alguma suposta mentira, em alguma louca verdade. A única coisa que creio poder distribuir, são sorrisos. Para os contraditórios, distribuo sorrisos irônicos, para os descrentes, sorrisos de piedade, para os amantes, sorrisos de saudade e para os guerreiros sorrisos de entusiasmo. Porque uma mentira leva a outra, e esconder-me em outras faces não amenizará minha dor de cabeça ao deitar-me mais uma noite com há ajuda de calmantes e soníferos suficientemente bons para o alcance do sono perfeito. Durmam em paz, aqueles que somente se contentam.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Giovanna Carey"

Lembro-me bem de quando era pequenina, eu pedira insistentemente para descer, uma festinha dos amiguinhos do prédio, e eu não entendia o porque você insistira em dizer não, mais mesmo assim acabava me arrumando e me deixando até um certo horário a vontade. E eu me lembro que meu sonho de consumo era um cd da Mariah Carey, e que eu a ouvia e sonhava que aquela voz saíra de mim, que alguma coisa muito bonita poderia sair de dentro de minhas entranhas, de minha clausura, de minhas emoções. Lembro-me da incrível insegurança, das mentiras e do meu segredo fatal, minha idade. Então com a ajuda de minha prima, colocava um vestido colado, meus cabelos, mexas soltas e algumas presas, e um leve baton para me fazer de "gente grande". Porque eu mentia, e quando resolvi mais uma etapa pular, virar mais e mais gente grande, me deparei com um menino na escuridão, ele chegou perto de meu rosto tirando mexas soltas de minha face assustada, olhou meu sorriso amarelo, aquele breve sorriso metálico e em uma tentativa frustrada quase arrancou um beijo, que fora percebido há tempo pelo porteiro do prédio e interrompido por uma dolorosa mordida que dei em
seus lábios! Porque não sabia beijar, porque não sabia em saltos me equilibrar, e isso me machucava tanto quanto me machuca sabe-los manusear hoje. E quando me chamavam para dançar "Can't Take That Away", eu me sentia importante, mais do que realmente eu era naquele momento para aquela pessoa. O importante era ser importante,o importante era ter 15 anos aos 13! E como as coisas importantes se tornam banais ao tempo que nos resta, ao tempo que nos acrescenta. E como os valores se dissipam, se esmagam entre si, e se discriminam através de fatos corriqueiros e insuficientes do dia-a-dia! Porque hoje queria poder me sentir realizada somente ouvindo can't take that away, e não idealizada por somente saber o que é ser! Porque a única coisa que tenho, sou eu mesma, são minhas sicatrizes e lembranças, meus choros calados e minhas mentiras mal contadas, meu amor pela Mariah Carey em minha infancia, mesmo ela sendo ridiculamente uó nos tempos atuais! É como diz a música "They can try...... But they can´t take that away from me!