quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Sugiro que se suje.

Dentro de mim carrego um mundo sujo, um mundo avesso ao estado considerado, um mundo onde choros são banais, vistos de um angulo sugestivamente agradavel. Não saberia dizer como consegui e consigo colocar tantas coisas sujas dentro de mim, quantas coisas podres ainda uso e abuso. E como o "sujo" e o "ruim" prevalescem dentro de mim. Quando tentando escapar deles, me perco no tedioso dia-a-dia que me persegue, que me adormece. Aquele sujo me atrai, esse sujo me sustenta, ele traz me prazer, traz me tesão pela vida, e pelas osciladas que sinto quando a sinto. E como eu preciso senti-la, e como eu tento toca-la e em alguma outra face perdida a achala. Creio que todos nós temos dentro de nossas entranhas um fascinio pelo sujo, pelo proibido, pelo ilegal e por algo a mais que nos faça sair da realidade. São anestesias fundamentais para nosso cotidiano angustiante e irrelevante. Descrever-me como uma pessoa normal, não me faz acreditar na normalidade da existencia, na facilidade, e no abuso da irreverencia. Eu quero transcender, ver almas florescer, ver picos de loucura e saborear frutas maduras. Tenho certeza, de tantas sujeiras que persegui, introduzi, inalei e abusei, a plena consciencia da sorte por poder dizer "sobrevivi", ao invés disso, apenas digo "NÃO MORRI".

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