quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Exalando amores, exaltando dores e criando situações, onde a vida, que roubada, já ferida, seguiu os passos da imaginação. Então prendo-me a outras civilizações, uso quem sabe talvez alguma burca, me cobrindo de tamanha decepção. Será que morrerei com pedradas em plena emancipação? Ou viverei sobre solos de pessoas religiosamente sãs? A conclusão de um incrível sábio seria ser somente algo presente, nada como crescer onipotente de descobertas arrojadas e desenfreadas em épocas errôneas, entre crianças desprivilegiadas de tamanha obstrução, cá estou eu, a semente de um jargüão. Estou sofrendo com sua prisão, e com toda aquela remota decisão de me deixar na mão, a pairar sobre ares, mares. Acharia você, que tropeçaria em pedras preciosas? Em cadeias suntuosas, ou em mares de destruição, sobre cavernas escuras, onde o medo é somente uma falta de imaginação? Estou imergindo nas areias movediças, para dentro do blues, meus lábios secam, e então estou sozinha na tormenta de meus pesadelos e sonhos, no âmago de minha vida, paixão escondida, e relação desenfreada, tiros disparados pela madrugada. Meus ídolos terminaram em meu começo, andaram, consumindo milhares de tropeços. O dia destrói, ilusões alimentadas na calada da noite, a noite amarga, quando estando sozinha, vivendo na desenfreada madrugada. O que seriam as ruas do amor, sem os acidentes mórbidos que a mesma carrega consigo?

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