sexta-feira, 31 de outubro de 2008
O término do Começo
Acabei de terminar, o que haveria outrora começado, não sabendo onde iria se findar. Três calmantes, garganta abaixo para o acalanto, e espero escrever até não conseguir mais raciocinar. Foi bom, ou melhor, inesquecível! Naquele primeiro beijo já queria que fosse a última boca a qual eu iria experimentar. Boca macia, língua suave, um entrelaçar de almas por um beijo? Um amor perdido em alguma vida passada, algo para resgatar? ou somente mais um cortejo? Um doce percevejo! Enfim, fato é que por muitas vezes até senti a necessidade de me cortar, me sentia anestesiada e precisava de alguma maneira, mesmo que fosse a mais bruta,de acordar. Por muito tempo andei anestesiada, eram drogas, bebidas, auto-flagelações mais nunca amor. Te agradeço pela anestesia mais excitante, pelo calmante dos calmantes e por fechar os buracos da incredulidade que haviam se brotado em um vasto espaço em meu coração. Agora me sinto livre, destemida de qualquer mal que haja em meu cerne. O calmante já está fazendo efeito, estou mais calma, minha visão ficando embaçada, minha mãe bate em minha porta preocupada. Quem sabe, ela saiba, que um dia irei adormecer e nunca mais acordar, mais quem sabe um dia, pois por enquanto não consigo um fim em minha história colocar. Para todos os acordados deixo um recado, simples, fácil de se interpretar, cuidem bem de suas vidas, andem por caminhos claros, não se sintam atraídos pelo escuro, pois ele é maligno, desconhecido, e lá certamente perderão algo valioso. Amor? Quem sabe até mesmo o amor- próprio. Não deixem mais uma alma se esfacelar, lutem pela realidade não tentando-a burlar, e sim enfrentando-a de cara limpa, o que hoje, em meu estado, já não posso mais considerar.
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