segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Ando me perdendo em braços distantes, em lábios amargos, e em noites mal acabadas, acordo sempre de ressaca moral, ainda se fosse só! Quando ando, quase sempre me deparando com a incrivel enxaqueca que insiste em me privar da realidade, do acordar cedo, e de vender alguma imagem. Então, demonstro uma felicidade irreal, e tento burlar a tristeza que me consome, da falta de opção que insiste em ser a grande VERDADE de uma já inexistente relação. Tento me esquecer em copos e mais copos que resultam em um porre, um porre de algum resquicio de interesse nesse inevitavel tédio em que minha vida se tornara. Tento fugir da falta de vontade, e procuro não me questionar ao ver mais uma vez que a noite terminou, e que sim, não estou amparada por ninguém, e fracassei ao tentar-me amparar. Me fecho em meu mundo, onde só algum anestesico suficientemente bom,consegue entrar, a cerca de "PERIGO" consegue ultrapassar. Mais quando você chegou, me puxando entre milhares de pessoas, me convidando para dançar, eu tentei enfrentar, e aceitei a proposta como se algo tivesse há confirmar. Então você me embalou em um ritmo totalmente melancolico, fechei meus olhos, e não sabia mais onde conseguiria parar, só saberia onde não queria chegar. Senti seu perfume, mesmo com aquela imensa multidão, aquela sufocante
aglomeração, insistindo em penetrar em minhas veias nasais enjoadas, e como é ruim eu não ter alergia há você! E como é ruim, beijar outros lábios pensando estar com você! E quando percebo, me vejo totalmente carente com um outro alguém.
Quando minha mente já cansada de tanto pensar, abri meus olhos, e me deparei com
meus labios quase estatelados em seu ombro, a música quase já parando, você me soltou, riu e me flertou. Eu surrealmente abobada, ainda meio lezada, entorpecida fitei-o. Naquele breve "longo" momento, queria sumir, emergir para qualquer outro lugar, mais de nada adiantou, e a única frase que conseguira pronunciar fora:
VOU BUSCAR CERVEJA (Para mais uma vez me anestesiar!)

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