terça-feira, 6 de novembro de 2007

Amor Platônico

Nós mulheres, vivemos a supersticiosidade de maneira tão real e arrebatadora, buscamos uma inconstante razão de viver, razões algumas vezes não virtuosas o bastante. Nos colocamos em dias de tristeza absoluta e más condutas.
Amores platônicos, primeiramente não se idealizam em quaisquer cobiça sexual, o começo geralmente se da há uma incrível carga de atração espiritual. Esses não passam daquele amor da alma, aquele amor sem muita verdade, e sim, aquele amor com muita paixão, ou ilusão. Brotam-se em dias carentes de realidade, pensamentos ilusórios do que viria possivelmente a ser o outro. Um imaginário, o outro que não conseguimos descobrir, pelas inibições que nos prendem há algo mais, ou há algo menos. O amor platônico não passa de uma busca incessante pelo "belo", ao qual colocamos o individuo cobiçado como um ser extremamente belo, e carente de erros e desleixos. O amor platônico aspira ser perfeito como o nunca. Recrimina o errado, o feio da vida, e se estabiliza na imaginação de um ser supremo, enriquecedor do belo e imortalizado por nunca conter rotina, amargura ou resquício de insatisfação. Acabei descobrindo que ando sempre olhando para o além como algo perfeito, sem nunca ter feito parte dele. Então eu acho que vou morrer se aquele alguém me disser "não", mais prefiro imaginar, porque esse amor é tão ridículo, e esse belo arranca-me lágrimas como uma suposta doce menininha obcecada pelo "perfeito" e "imortal". Dois estados completamente impossíveis de se chegar e irreais ao se imaginar.

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