sábado, 16 de junho de 2007

Abismo

E quando a rotina me cansa, quero desmaiar, alguém coloca os braços em meu pescoço, e já desacordada, não sinto o sangue circular. Quando volto, penso em você, e se já não estará mais lá. Já cai, já rodei, queria poder gritar, sem ninguém há me escutar, ninguém sempre para se preocupar. De repente sinto um enjoo, corro para a privada, meus olhos molhados, sonhos acumulados, destilados e jogados em uma agua nojenta que um dia provei e alguns dias até abusei. Isso não é nada do que sonhei. Provocar vomito, alguns desmaios, estão em um nível de aceitação e compreensão. Nada supre, nada conforta, e rondo o abismo tentador que já me toca. Será que lá irei cair, pular, ou colocar minha cabeça para ouvir meu alter ego há gritar. Eu só queria que aquele abismo não fosse tão tentador, não me chamasse com tanto fervor. Mais eu ainda o escuto, mesmo em dias sem dor.

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