segunda-feira, 20 de julho de 2009

Naquele Tempo

Naquele tempo em que tudo eram bolinhas de gude, em que os sonhos eram rudes, tudo se passou. Nada daquele tempo restou. São passos largos, ruelas encurraladas, nada mal, só estamos nos referindo como se fossemos aquele “tal”. Naquele tempo em que a música era cedida, em que a conversa era medida, as coisas podiam acontecer. Eu gostava de ouvir a música ressoando sobre o fundo branco, eu vivia sob a luz, eu via a luz brilhando diante de meus olhos afoitos para passar mais um dia, e logo então, eu cobri minhas pupilas. Naquele tempo em que achávamos ser tudo história, em que a realidade era de tempos de gloria, eu pesarosa caminhava sem saber o que na frente viria a me acontecer. Era naquele tempo, era aquele o tempo onde tudo me restava sem ao menos eu saber.

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