quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Das Loucuras

Até hoje não sei o que sou, histérica, bipolar, amante da vida ou o ser mais repugnante que ela já conteve. Se estava magra demais é porque estava pirando nas toxinas e quando vou a um endocrinologista amigo da família, bom ele conta a filha dele, que sua amiguinha magricela estava com depressão, passando por problemas existencialistas. Alguns me acham chorosa demais, o fato é que eu nunca deixei de ser uma criancinha, sempre o centro das atenções, sempre aquela bela criancinha mimada, e ainda não me acostumei ao contrário. Se quer estar comigo, aguente, porque sou assim, vivo assim e as pessoas que convivem ao meu redor me tornam assim a cada novo dia. Não me engano com amores passageiros, pois no meu leito, só estavam papai e mamãe e ninguém mais, nada mais. Posso parecer um pássaro, sou um pássaro que sempre voa longe demais em suas excentricidades, sei que vou cair, e em cada momento de minha vida, houve alguém que recolheu-me, destroçada, me alimentou, esperou que me tornasse forte outra vez, suficientemente boa para voar cada vez mais alto. E é isso o que as pessoas querem ver, os pássaros que voam longe, fogem de seus olhos mortais e caem, sempre caem. Mais o que posso fazer se essa é minha natureza? Existem os pássaros e existem os seus expectadores, e eu sou o pássaro. Não tenha pena de mim, pois nem eu mesmo consigo tê-la. Você me deixou, porque eu deixei-o antes, afinal, confesse você não aguentaria viver em baixo das asas de um pássaro por muito tempo. Você deseja mais, a diferença é que bom, enfim, as loucuras não coincidem. Afinal a sua loucura não fora compatível a minha, e apesar de a minha não ser tão saudável, não me abandonaria no apce.

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