domingo, 2 de dezembro de 2007

Giovanna a la Baudelaire

Do lixo, retiro imagens as quais me salvam, das aguás límpidas os monstros que me torturam. O lodo lascivo ao qual participo, envolvo-me com seu santo fictício. Das entranhas resgato aranhas, entre ausentes, somente corpos dormentes. Cá estou eu, sacrificada pela aura demagogia, embrulhada entre tamanha orgia, e estigmatizada pela carne de meu cerne. Fatídica agonia à qual colocar- me, sobre véus de ternura, sobre prosas e conversas curtas, retirou meu eu. Ingenuidade se fora com o vento, a mesma que se banhara em maus tempos, entre translúcidas formas de prazer. À carne que te remete, és a mesma à qual enfurece-me. E a poltrona do divino ser, sentada eu estou a procura de você.

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