segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

MEU eu, só MEU

Então mais uma vez, vesti-me sobre meu manto de falsidade, e engoli mais um sapo, para respirar o seu ar, e viver sua vida, mesmo que superficialmente. E eu não sei quando esse frio na barriga irá passar, porque sinceramente, não aguento mais esse jogo de auto- destruição. Mesmo mudando a cor do meu cabelo e de minhas unhas, sua essência continua entranhada em minha pele. E quando tento fugir dessa atmosfera catastrófica, sinto-me perdida, atiçada por corpos estranhos, não me sinto em casa, o pânico me atinge profundamente e então mergulho em minha cama, supostamente o mar de desilusão em que afundo! Mamãe vive repetindo para que eu me dê o "valor", na verdade acho que o perdi à tempos, tentando acha-lo em outros corpos e copos, e isso me faz mal, vê-los sentindo-se mal por mim. Menina quando irá tomar juízo? E essas palavras entram em meus ouvidos como agulhas. Ele dói, ele sangra, e enfim ensurdece-me, então fico ouvindo somente minha voz desesperada querendo ajuda. Porque é que sou somente uma maquina de auto-destruição? Porque é que somente com um café amargo e com um cigarro consigo acordar para a vida? Porque somente acho-a quando estou me cortando, ou somente embriagando-me? Tudo está difícil, enfim, esperando ansiosamente por tempos melhores e marés de calmaria.

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