domingo, 9 de dezembro de 2007

Suja o bastante

Eu poderia dizer-me arrependida, chorosa pelos cantos podendo gritar. Ontem me encontrara letárgica, totalmente asonada pelo calmante de todos os dias. Meu corpo sente sua falta, por onde você anda? Será que andou tomando juízo? Será que ainda pensa em mim? Eu me entregara bem quando seria o fim, estranho como mesmo sabendo-o deixei com que isso acontecesse. As vezes me vejo deitada soltando a fumaça pra cima, e tomando doses fortes de vodka por lugares que não reconheço. Você não atende mais ligações desesperadas, entupidas de loucura e tédio, e porque você não se torna um pouco mais paciente, e tenta fazer-se valer? Contrate uma boa baba baby, ou quem sabe, um bom advogado ao qual você consiga se livrar da culpa de si próprio em apenas algumas muitas vezes você não existir. Ontem estava-me lembrando de você e de sua incrível mudança de habito à comigo. Você se tornou uma mentira em fracções de segundos, e pessoas ao meu redor já teriam me notificado de que aconteceria tamanha mudança! Mais eu queria senti-lo como um demasiado, o que sempre fomos, demasiados, eternamente carentes, supridores de somente nossas vontades e necessidades. É difícil aceitar meu egoísmo depositado em um ser bem em minha frente, mais isso me detêm, me causa repulsa e ânsia. E o que eu queria nesse momento era somente uma privada ao qual me encostar, ao qual poderia vomitar sem precisar-me sujar. Mais com meu corpo límpido não conseguiria sentir-me verdadeiramente tortuosa, verdadeiramente corajosa e viva. Preciso desesperadamente sentir-me viva. Preciso sentir-me suja, lambuzada por algum molho apimentado, minha garganta precisa arder sempre, e minha cabeça sempre latejar com discursos politicamente corretos. Só preciso viver!

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